Capítulo 30

13 1 0
                                    

Eram 16h. Miguel tinha saído de casa acompanhado por Lúcia. Eles tinham combinado de irem juntos à polícia. Lúcia ainda continuava calada. Parecia que tinha ficado muda. Miguel ainda pensava se era certo irem mesmo à polícia. Mas como Patrícia havia dito não faria mal nenhum tentar. Já estavam em frente à esquadra policial. Desceram do carro e entraram. Miguel foi ao balcão seguido de Lúcia.

- Boa tarde. Em que posso ajudar?- a funcionária questionou.

- Boa tarde. Vim reportar o desaparecimento da minha vizinha.

- Ok. Pode dar-me os dados dela?

- Claro.

Miguel começou a dar informações sobre Nicole. Dando o nome, a morada e a data de aniversário. Depois a funcionária pediu-lhes que aguardassem um momento. Eles foram sentar-se. Ficaram um bom tempo à espera. Um homem careca de olhos cor de mel e de boa aparência física apareceu. Aparentava ter uns 32 anos.

- São vocês que vieram reportar um desaparecimento?- questionou. Miguel assentiu.- Venham comigo.

Levantaram-se indo atrás do homem. Passavam por imensas salas, onde tinham muitas pessoas a trabalhar. O homem entrou numa das salas e foi até a sua secretária. Sentou-se e pediu-lhes que sentassem à sua frente.

- Sou o detetive Esteves.- apresentou-se.- E serei eu a conduzir o caso de desaparecimento da Nicole. Já tenho aqui alguns dados dela.- esclareceu olhando a folha à sua frente.- A Nicole tem algum familiar?

- Eu não sei.- Miguel respondeu.

- Os pais dela morreram há dois anos.- Lúcia informou.

- Não sabia disso.

- Vocês têm alguma foto da Nicole?- detetive Esteves questionou.

Lúcia tirou a carteira da sua mala e dentro dela tirou uma foto da amiga. Era uma foto em que a cara de Nicole estava focada com um sorriso lindo. Lúcia tinha tirado essa foto um dia quando tinha ido à casa da amiga. Entregou ao detetive, que analisou.

- Vocês são o quê dela?

- Eu sou o vizinho e ela é a amiga.

- Ela tem mais amigos?

- Sim.

- Eu vou precisar depois de todos os dados das pessoas com quem Nicole conviveu.- pegou umas folhas.- Quero que preencham estas folhas. Não é nada demais. É só para ficar com os vossos dados e das outras pessoas. Quero que elas também apareçam cá.

- Ok.

- Quando é que ela desapareceu?

- Domingo à noite.- Lúcia respondeu.- Acho que foi depois da minha chamada.

- Então já faz dois dias que está desaparecida.- comentou e começou a anotar num bloco.- O que foi que falou com ela?

- Eu...

- Está tudo bem Lúcia. Podes contar.- Miguel incentivou-a. O detetive encarou-os.

- Lúcia, eu só quero ajudar a encontrar a sua amiga. Por isso eu preciso de todos os detalhes possíveis.

- No sábado eu tive um pesadelo com ela. Uns homens iam a sua casa buscar-lhe. Eu não consegui ver-lhes o rosto. Foi isso que eu falei com ela. Contei-lhe sobre o pesadelo.

- A que horas é que fez a ligação?

- Por volta das 22:30.- ele continuou a anotar.

- Então isso quer dizer que ela estava em casa quando desapareceu?

O ServiçoOnde histórias criam vida. Descubra agora