Capítulo 28

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Apôs a viagem longa, Nicole estacionou o carro. Desceu olhando para todos os lados. Sabia que Miguel estava mais atrás, para não ser descoberto. Foi caminhando e parou em frente a um estabelecimento. Voltou a olhar para todos os lados e entrou. Miguel tinha se escondido numa rua. Assim que viu que ela havia entrado também foi atrás. Antes de entrar, olhou a placa do estabelecimento. O seu nome era "A Casa". Piscou os olhos sem entender. Ao entrar, o estabelecimento parecia um sítio normal. Não encontrou Nicole em nenhum lugar. Aquilo parecia um café. Aproximou-se do balcão. O funcionário tinha cabelo preto curto, olhos castanhos claros e era forte.

- Nunca o vi por cá.- falou.- Por acaso procura alguém?

- Sim. Uma mulher jovem que acabou de entrar aqui.

- Aqui temos muitas mulheres jovens.- Miguel olhou ao redor, vendo o estabelecimento vazio.- Siga por esse corredor. Vai encontrar uma porta enorme.

- Obrigado.

Miguel seguiu um corredor que parecia não ter fim. Acabou por encontrar a porta. Parece que seria hoje, que descobriria o segredo de Nicole. Abriu a porta. Lá embaixo tinha muitas pessoas. As luzes eram um pouco confusas. Havia também um palco, onde mulheres nuas dançavam. Outras mulheres estavam agarradas a homens. E outras que estavam só de cuecas e sutiã a servir as pessoas. Ele quase que podia ter um ataque. Afinal era aqui que Nicole trabalhava, pensou. Desceu as escadas indo à procura dela. Nicole estava na parte de cima a conversar com Marco, que era o funcionário.

- Não há dúvidas de que ele vai acreditar.

- Também acho.- concordou com um sorriso de vitória.

- Afinal o que é que ele quer de ti?- Marco questionou.

- Queria descobrir o meu segredo. Agora que já descobriu, já não irá chatear-me mais.

- Tu és a melhor de todas.

- Sempre gostaste destas casas noturnas, não é?- Nicole mudou de assunto.

- Claro que sim. Este estabelecimento é o meu mundo.

- Quem diria que algum dia serias dono disto.

- É verdade.

- É melhor descer.

Nicole seguiu pelo corredor. Abriu a porta e desceu as escadas. Foi para cima do palco e começou a dançar ao lado das outras mulheres. Todos aplaudiram. Ia começar a despir-se, mas Miguel puxou-lhe para baixo.

- Tu estás maluca?- questionou.

- Então não querias ver o meu espetáculo?

- O Alexandre não vai gostar de saber que trabalhas aqui. Eu nunca pensei isso de ti Nicole.

- Ele não tem nada a ver com o meu trabalho. Não querias saber o meu segredo, ora aqui está. Eu faço parte disto.

Nicole pegou a mão de Miguel, levando-o para dançar. Começou a roçar-se nele. Miguel percorreu com as mãos o corpo da sua vizinha. Estava a ficar excitado com aquela proximidade. Só conseguia ver o rosto dela. As luzes começavam a fazer-lhe confusão. Nicole levou-lhe até uma mesa. Empurrou-o para sentar-se ficando por cima dele. Pegou uma garrafa de vodka. E foi despejando na boca de Miguel, que bebia tudo. Ela riu.

- Bebe tudo querido.

Miguel passou as mãos pelas costas dela. Tinha uma imensa vontade de sentir aqueles lábios, que já desejava há um bom tempo. Foram dançar outra vez. Nicole tinha outra garrafa na mão, deu-lhe para beber. Depois de algum tempo, Miguel caiu no chão. Ela foi chamar Marco, para ajudar-lhe. Marco colocou Miguel no seu ombro e saíram do estabelecimento.

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