Charles Boussant- Um peão

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As vezes, a verdadeira história só é revelada quando a vida de alguém já está por um triz de acabar de forma trágica e cruel.

  Talvez, Evanora Harkness tinha um motivo para querer sua própria filha morta. E por vezes em uma história que acabou de começar, a verdade pode ser revelada muito antes.

  Ela é uma bruxa centenária, extremamente habilidosa, uma das bruxas originais do julgamento de Salem Massachusetts. Não exatamente uma vilã, mas odeia heróis, já que nunca foi considerada uma.
 
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  Agosto, um ano desconhecido. Agatha Harkness já havia nascido, e sua mãe estava extremamente receosa de algum perido iminente. Algo iria se concretizar; algo que iria arruinar todos os seus planos e sonhos, e por consequência acabaria com sua vida futuramente.

  Ela havia escutado choros e reclamações de seu bebê, mesmo cansada, se levantou para olhar. Deparando-se com uma figura alta e masculina, um ar terrivelmente pesado. Era maligno. Pecaminoso... Era uma das marionetes do Mephisto, que ele usava para seus objetivos em terra.
  Estava com seu bebê no colo, e imediatamente ela soube que havia algum potencial maligno naquela criança; mas simplesmente não conseguia acreditar. Então aquele homem se virou para ela com aquelas íris brancas e sorriu de maneira diabólica.

- Demônio!- Evanora gritou com desdém enquanto suas mãos brilhavam em energia azulada.

- Tão triste quanto ver um homem perder a fé, é ver uma mãe perder o filho.- Dizia ele com aquela voz demoníaca e grave, deixando o bebê deitado onde estava.

  E então o que quer que seja aquilo, não gostou de ser interrompido quando uma coroa da cor azul surgiu na cabeça de Evanora. Atingiu ele com sua magia.

- Seu tipo de magia não é bem vindo aqui.- Disse ela com firmeza vendo-o se contorcer. - Você não vai levá-la de mim!- Disse ela.

- Então eu levarei os filhos dos seus filhos.- Ele sorriu antes de sumir em uma fumaça.

  Evanora correu para sua filha e abraçou seu pequeno corpo. Havia falhado como mãe, e havia falhado como bruxa. E agora sua filha estava condenada eternamente, e a culpa era dela. Todos sabemos.

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  Aos 18 anos, Madeleine era uma jovem de beleza radiante na floresta próxima à sua casa. Ela andava pelas árvores com cautela, buscando explorar a beleza natural ao redor.

De repente, ela avistou uma urna negra que repousava entre as sombras. Sentindo uma estranha atração, ela se aproximou, percebendo a energia mágica emanando do artefato.

Ela estendeu a mão para tocar a urna, sentindo uma estranha corrente fraca percorrer seu corpo. A sensação era de perigo, mas ela estava determinada a descobrir mais sobre a urna e o que ela continha. Enquanto segurava a urna, Madeleine fechou os olhos por um momento, tentando perceber qualquer imagem ou visão relacionada ao artefato. Ela sentiu um poder desconhecido emanar das sombras, como se houvesse algo além do visível aguardando para ser revelado. Ela abriu os olhos novamente, contemplando a urna com um olhar curioso e cauteloso. A sensação de magia escura era palpável, enquanto ela se perguntava se devia continuar a investigar ou respeitar a vontade de sua mãe em manter o artefato guardado.

Ao abrir a urna, Madeleine libertou Mephisto, possuindo o corpo podre do deus da magia negra que havia sido aprisionado lá dentro. Ele surgizou diante dela, uma figura sombria e misteriosa, cujo poder era evidente.

Mephisto, agora livre, encarou Madeleine com um olhar calculista. Ele podia sentir o poder que ela possuía, embora a jovem não estivesse ciente de sua própria potencialidade mágica.

Enquanto Madeleine observava Mephisto, Hela, a deusa da morte, sentiu um distúrbio na energia mágica no ar. Ela imediatamente soube que algo estava errado, pois sua filha poderia estar em perigo.

Hela rapidamente abriu um portal e emergiu perto de Madeleine, pronta para intervir. Ao vê-la, Hela imediatamente notou a presença de Mephisto, que agora libertado, exibia um olhar malicioso. A deusa da morte compreendeu imediatamente que a urna que contivera o deus da magia havia sido aberta, libertando-o de seu confinamento.

- Mãe... Eu sinto muito...- Disse Madeleine enchendo os olhos.

- Tudo bem, querida... Vá chamar o seu pai.- Disse Hela com calma, e a filha rapidamente obedeceu.

Ele estava com a última adaga capaz de matar deuses e demônios, a adaga de prata. Prestes a matar Hela e fazer dela rainha do inferno junto de Mephisto.

  Mephisto, com a adaga de prata na mão, estava pronto para executar seu plano malévolo de tornar Hela rainha do inferno ao seu lado. Ele tinha um olhar perverso enquanto se preparava para atacar a deusa.

Hela, percebendo a magnitude da situação, ficou tensa, pronta para defender-se Ela sabia que estava em desvantagem, mas não deixaria Mephisto vencer facilmente.

Enquanto Hela e Mephisto confrontavam-se, Caleb, o marido de Hela e pai de Madeleine, chegou ao local. Ao ver a situação perigosa, ele rapidamente compreendeu que tinha que agir para proteger sua família.

Caleb, usando seu poder como deus do sol, interpôs-se entre Hela e Mephisto, tentando separá-los e impedir que o deus da magia realizasse seu plano maldoso.

- Caleb... Não é culpa dela.- Hela avisou logo de cara.

Caleb, usando seus poderes com destreza, enfrentou Mephisto em uma batalha épica, enquanto Hela se posicionava ao lado de sua filha, pronta para intervir caso fosse necessário.

Os elementos se chocavam enquanto os poderes divinos eram liberados, o solo estremecia e a atmosfera vibrava com um poder incontrolável.Caleb e Mephisto trocavam golpes poderosos, com cada ataque enviado por eles com intenção de aniquilar o outro. As sombras e a luz das chamas se misturavam no ar, criando um cenário místico de batalha entre forças opostas.

Imediatamente depois, Hela se juntou à batalha, adicionando seu poder à luta contra Mephisto, que agora enfrentava a dupla poderosa de deuses.

Mephisto, em um momento de oportunidade, conseguiu atingir Hela com a adaga de prata, resultando num golpe mortal que começou a dissolver seu corpo. Ela caiu no chão, com uma expressão de dor e surpresa em seu rosto.

Caleb, vendo sua esposa e mãe de sua filha ser golpeada, sentiu raiva e desespero surgirem em seu coração. Imediatamente, ele redobrou seus esforços contra Mephisto, desesperado para salvar Hela.

- É triste ver um homem celestial perder a sua fé.- Disse o senhor do inferno com uma voz rouca.

Mephisto havia sido expulso do corpo de Charles, fazendo-o cair inconsciente no chão. Enquanto isso, a alma do demônio se foi, levando consigo Hela, que estava inconsciente e ferida. Com um olhar diabólico, Mephisto parecia pronto para realizar seus planos maliciosos no reino das trevas.

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