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Naquele momento estavam diante da máquina, Rebeca já se encontrava deitada, porém chorava alto, temendo ficar sozinha.
- Rebe, eu não posso entrar ali com você, mas ficarei aqui fora te vendo. - Simone disse, vendo Rebeca negar com a cabeça. -
- Você disse que não sairia do meu lado. - A menina disse chorando e Simone suspirou. - Por favor...
- Olha... - Simone disse, levando sua mão ao rosto de Rebeca e enxugando delicadamente as lágrimas da região. - Eu não vou sair daqui. Que tal se brincarmos de algo bem legal? - Rebeca fungou, cessando o choro para prestar mais atenção em Simone.
- Do quê? - Perguntou ainda soltando soluços involuntários.
- Vamos imaginar que essa é a sua nave espacial. - Simone disse. - Você precisa se deitar aí é ficar quietinha enquanto eu conto uma história. Combinado? - Rebeca pensou um pouco e então assentiu e Simone sorriu, se inclinando e deixando um beijo no rosto da menina. - Por isso que eu gosto de você, porque sabe se comportar. - Rebeca sorriu timidamente e então Simone olhou para o médico, acenando com a cabeça como confirmação.
No momento seguinte à máquina levou Rebeca para dentro e Simone respirou fundo.
- Si? Tem uma luz na minha cara. - Rebeca disse preocurada, mas se sentou aliviada quando ouviu a risada de Simone.
- Essa aí é a luz da sua nave. - Rebeca ouviu Simone dizer e sorriu animada.
- Rebe... - Simone disse olhando para o médico. - O médico me pediu para contar para ele sobre o que você não me deixou falar lá no quarto.
- Si... Não! - O tom de voz foi preocupado e o médico assentiu. - Por favor, não diz para ele. É um segredo.
- Tudo bem, princesa. Se acalme tudo bem? - Simone disse assim que o médico deu o sinal. - Pode ficar quietinha um segundo para ele tirar uma foto do seu cérebro?
- E a história? - Simone sorriu e ignorou o fato de o médico estar ouvindo-a.
- Era uma vez, uma garota que não vivia em nossa galáxia. Ela se chamava Rebeca...
- Igual eu?
- Sim, meu anjo, mas preciso que fique quietinha sem falar. Pode só me ouvir? - Pediu com doçura em sua voz, vendo o médico assentir em positivo para ela.
- Sim. - Rebeca disse e então Simone continuou.
- Ela andava em sua nave pelo espaço em sua missão, mas aí uma estrela gigante, chamada Betelgeuse, atrapalhou seu caminho, a jogando em um planeta muito longe do dela. Lá ela encontrou amigos e uma garota muito disposta a ajudá-la...
Rebeca ouvia toda a história atentamente e nem percebeu quando seu corpo já estava diante do de Simone novamente.
- Eu disse que não doeria, viu? - Simone disse, vendo Rebeca assentir e esticar os braços pedindo um abraço.
Simone se debruçou sobre ela, sem colocar demasiada força sobre seu corpo, e sentiu os braços da maior rodearam seu pescoço.
- Si, e no final a Rebeca fica com a Simone? - Simone riu, percebendo o quão ingênua Rebeca era.
- Sim, Rebe. Elas ficaram juntas. - Disse, se afastando do abraço.
- Mesmo a Rebeca sendo de outro planeta e diferente? - Perguntou, vendo o enfermeiro pegá-la no colo e a colocar na cadeira de rodas, visto que ela ainda precisava da fisioterapia para conseguir andar sem problemas. Seus braços também estavam fracos, porém, estavam muito mais fortes do que as pernas.
- Sim. Mesmo a Rebeca sendo de outro planeta. - Ela disse quando começou a empurrar a cadeira pelos corredores do hospital, levando Rebeca de volta para seu quarto.
- A Simone era concentrada demais no trabalho dela, nas estrelas, em seus equipamentos... - Simone disse, tendo Rebeca totalmente antenada em suas palavras. - Acho que justamente por Rebeca ser diferente que chamou a atenção dela. Não era qualquer pessoa que a faria ter interesse daquela forma.
- A Rebeca deve ter ficado muito feliz da Simone querer cuidar dela para sempre. - Rebeca disse e Simone sorriu.
- E a Simone deve ter ficado muito feliz por Rebeca ter ficado com ela. - Disse, vendo Rebeca virar o corpo para trás e lhe fitar.
- Você vai embora? - Simone franziu o cenho.
- Como?
- Você vai ir embora da minha vida ou vai fazer igual a Rebeca e ficar? - Simone parou a cadeira e andou até a frente de Rebeca, se ajoelhando na frente dela.
- Eu vou fazer igual a Rebeca e ficar. - Ela disse, segurando as mãos da garota. - Porque assim como a Simone dessa história, eu também tenho a minha Rebeca para cuidar. - Simone não podia explicar a intensidade do sorriso que rasgou o rosto de Rebeca.
A menor suspirou bobamente e lembrou a si mentalmente que Rebeca era apenas uma criança em um corpo adulto, não teriam um história de amor igual em contos, mas sua vontade de cuidar de Rebeca não iria embora por isso, pelo contrário, só queria cuidar dela cada vez mais.
- Si?
- Sim?
- Eu vou crescer. - Rebeca disse sorrindo. - Você ainda vai cuidar de mim quando a minha mente ficar grande? - Simone riu e assentiu.
- Vou, meu amor, mas não quero que se desespere para crescer. Viva um dia de cada vez. - Ela disse e Rebeca assentiu.
- Posso te contar um segredo? - Rebeca perguntou assim que Simone se levantou e voltou a empurrar sua cadeira.
- Diz.
- Eu... - O tom de voz preocupou consideravelmente Simone, que voltou a parar e a se abaixar na frente de Rebeca. A menina estava corada e piscando sem parar.
- Hey, você está bem? - Simone perguntou, vendo Rebeca pressionar os olhos fortemente e assentir. - O que queria me dizer?
- Eu quero fazer cocô. - Sussurrou de cabeça baixa, fazendo Simone suspirar ao ver os olhos voltando ao normal.
- E como eu posso te ajudar? - Simone perguntou confusa.
- As minhas pernas não têm muita força. - Disse sem jeito. - Poderia me colocar lá? - A menor assentiu, levando Rebeca até o banheiro de seu quarto.
- Consegue se segurar sozinha? - Simone perguntou, sabendo que Rebeca não tinha muita força nos braços ainda.
- Sim. - Rebeca disse, voltando a piscar muito rápido. Simone assentiu e deixou o banheiro sem jamais olhar para Rebeca da cintura para baixo.
Agora ela só precisava esperar o doutor chegar para ela finalmente descobrir o porquê de Rebeca piscar daquele jeito.
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me desculpem qualquer erro, não esqueçam de deixar a estrelinha e seu comentário <3
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Em um piscar de olhos - REBILES
FanficRebeca Andrade tinha apenas seis anos quando seus pais decidiram tirar as tão famosas férias em família. Iriam para a Tailândia, porém, o destino lhes foi cruel, causando o choque de um caminhão desgovernado contra o carro onde estavam durante o cam...