capítulo 16

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Simone não sabia o que lhe havia levado até onde estava no momento. Depois da quarta cerveja ela havia ficado mais solta, rindo animada enquanto conversava com todos. Suas constantes mudanças de lugar ao longo do dia se deveram à aproximação de Chloe o tempo inteiro, esbarrando em sua mãe propositalmente, acariciando suas coxas, se deitando em seu colo. Isso definitivamente tirada a paciência de Simone.

Ela não soube quantas cervejas havia tomado ao total, mas se lembra de que houve um momento onde se sentiu cansada. Se despediu de todos e subiu as escadas; um banho rápido foi tomado e ela entrou dentro de seu pijama, se enfiando embaixo das cobertas, porém o sono não vinha.

Constantemente a imagem dos olhos castanhos aparecia em sua mente, foi então que, de supetão, se levantou, se trocou, se agasalhado bem, e saiu. Nem trinta minutos depois ela se via na recepção do hospital, esperando a autorização de Rosa para poder entrar.

Não era permitido mais de uma pessoa passar a noite, mas a quantidade de dinheiro que Rosa tinha deixava todo o hospital bastante receptivo aos seus pedidos.

- Desculpe vir a esta hora. - Simone sussurrou para Rosa, não querendo acordar Rebeca. - Mas o barulho em casa não me deixou dormir e resolvi vir. Trouxe café. - Ela disse, estendendo o copo de café para a mulher, que aceitou de bom grado.

- Abriu mão de uma cama confortável? - Rosa perguntou rindo e Simone assentiu. - Fique à vontade. Vou aproveitar que veio e ir em casa tomar um banho rápido, se importa?

- Se quiser pode dormir por lá. Eu passo a noite aqui. - Simone disse e Rosa sorriu.

- Minha filha escolheu a voz certa para ouvir quando decidiu abrir os olhos. - Rosa disse gentilmente, vendo Simone sorrir de canto. - Então eu vou mesmo. Pela manhã eu venho, tudo bem?

- Certo. Boa noite, Rosa.

- Boa noite, norinha. - Rosa disse, vendo Simone corar. - Ops, quis dizer Simone. - Rosa disse rindo. A mulher deixou um beijo na têmpora de Simone antes de pegar sua bolsa e se retirar do recinto.

- O que foi isso? - Simone perguntou para si mesma, rindo e negando com a cabeça.

Sem protelar, a garota simplesmente retirou seus sapatos e subiu na cama, se emaranhando entre os braços de Rebeca e caindo no sono em poucos minutos.

[...]

Algo macio, porém que tinha locomoção acordou Simone, fazendo ela abrir um olho, já que o outro estava impossibilitado de ser aberto.

- Dói? - A voz rouca de Rebeca enquanto um dedo estava cutucando o olho fechado de Simone fez a menina rir.

- Não, Rebeca. - Simone disse, vendo-a colocar a mão completa sobre seu rosto.

- Você consegue me ver assim? - Simone riu e negou. - E agora? - Perguntou, abrindo uma fresta em seus dedos, deixando a visão de Simone levemente aberta.

- Agora sim, mas ainda estou em dúvida.

- Dúvida de quê? - Rebeca indagou.

- Se eu estou vendo a Rebeca ou um anjo. - Simone disse. - Ah, não, espera! Ambos são sinônimos. - Disse, vendo Rebeca apertar seu nariz.

- Consegue respirar assim? - Rebeca perguntou e Simone mordeu o próprio lábio, tamanha fofura que Rebeca transmitia.

- Só pela boca. - Ela disse, vendo Rebeca tapar sua boca.

- Consegue falar? - Simone abriu a boca e arrastou seus dentes pela pele da mão de Rebeca, fazendo a maior rir.

- Não conseguia, mas conseguia morder. - Ela disse, vendo Rebeca sorrir de forma doce enquanto admirava seus olhos.

Em um piscar de olhos - REBILESOnde histórias criam vida. Descubra agora