capítulo 11

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Apesar da carga pesada de exaustão que Simone carregava nos últimos dias, aquela tarde ela fora contente para a aula prática. Finalmente, depois de tanto tempo aguentando coisas de Mateus, ele teria que guardar para si, afinal, Rosa estaria por perto e Simone tinha certeza de que Rosa não deixaria que ele a tratasse como um lixo.

Simone chegou quinze minutos mais cedo no hospital, apenas para poder conversar um pouco mais com Rosa e Rebeca. Ela se sentia demasiadamente feliz desde que Rebeca acordara, era como se sua vida desde então tivesse um propósito: Ajudar Rebeca em sua recuperação total.

- Boa tarde para as mulheres mais lindas deste hospital. - Simone disse animada, entrando no quarto, já que a porta estava aberta. Em sua mão levava consigo uma rosa branca e uma vermelha.

- Olá, criança. Chegou mais cedo. - Rosa disse, não deixando de notar as flores na mão de Simone. Deduziu que fossem para Rebeca, mas quando Simone estendeu a branca em sua direção sua boca se abriu em completa surpresa.

- Eu costumava levar rosas brancas para a minha mãe quando morava em sua cidade e, bem, pensei que a senhora gostaria também. - Disse cordialmente, vendo Rosa pegar a flor para si e inalar a fragrância.

- Obrigada, querida. - Agradeceu emocionada.

- Eu traria alguns bombons também, porém Rebeca não pode comê-los por enquanto e a senhora alegou não gostar de chocolate. - Simone disse e sorriu ao olhar na direção de Luz e ver que a morena balançava o corpo na cama impaciente.

- Não vai falar comigo? - A garota dos olhos Brilhantes perguntou antes de bufar e Simone sorriu novamente, se aproximando da cama.

- Boa tarde, coisa linda. - Simone disse, esticando a rosa vermelha na direção dela. - Eu trouxe uma amiguinha para você. - Rebeca franziu o cenho.

- Amiguinha?

- Sim, a flor. - Simone explicou. - Comprei em uma floricultura e, bem, ela está passando por um processo difícil, pode cuidar dela para mim?

- O que ela tem? - Rebeca perguntou, visivelmente preocupada.

- Ela tem apenas alguns dias de vida. - Simone disse, vendo Rebeca abrir a boca em total desespero. - Mas ela não está sentindo dor e nem sentirá. - Simone explicou. - Eu trouxe ela para passar os últimos dias com a pessoa mais especial do mundo todo.

- Eu? - Rebeca perguntou confusa e Simone assentiu ainda sorrindo.

- Sim. Assim ela ficará muito feliz.

- Você me ajuda a cuidar dela, Si? Eu nunca cuidei de ninguém. - Rebeca perguntou e Simone assentiu. - Mamãe, pode trazer algo com água para eu colocar ela? - Rosa assentiu e logo saiu do quarto com sua rosa branca na mão.

- Como você está? - Simone perguntou. - Triste. Ela vai morrer. - Rebeca confessou.

- Ela iria morrer de qualquer forma desde que cortaram ela. - Simone explicou. - Mas esse é só um pedacinho dela. O coração dela ainda estará batendo lá na roseira de onde retiraram esta rosa. - Simone disse, vendo Rebeca sentir o cheiro das pétalas. -

- Ela tomou banho, Si.

- Como?

- Banho. Ela está cheirosa. Tomou banho. - Rebeca disse, fazendo Simone rir com a expressão suave em seu rosto.

- Ela quis ficar cheirosa para visitar a nova amiga dela. - Simone disse, vendo Rebeca sorrir animada. - Você dormiu bem, Rebe?

- Dormi. É quentinho dormir com você. - Rebeca respondeu honestamente. - Hoje a Ohanna veio de novo.

Em um piscar de olhos - REBILESOnde histórias criam vida. Descubra agora