Será que a felicidade é um destino ou uma jornada repleta de encontros e desencontros?
Por volta dos meus dez, onze anos de idade enquanto meu irmão mais novo e meu irmão mais velho, dormiam ali no quarto onde dividimos, eu sentada no chão aos pés da minha cama em meu diário descrevia como seria minha vida todinha, sonhava no papel como seria meu casamento, o momento que encontraria o amor da minha vida, me desenhava com cabeça pequena o corpo grande, braços e pernas gigantes vestida de noiva. Pronta para dizer o tão sonhado "sim" no altar.
Não consigo esquecer esse momento em especial da minha infância (por mais que tenha se perdido esse diário de capa azul que na verdade era uma agenda), eu me recordo que no meu desenho eu vestia um vestido branco tomara que caia, decote coração, fita rosa na cintura e um laço grande nas costas. Não entendo hoje, o porquê da fita e laço rosa, nunca fui fã da cor rosa.
Mas sendo tão pequena eu idealizava que a vida seria muito fácil pra mim, tão fácil que de primeira eu encontraria a pessoa que seria o meu marido pro resto da minha vida, eu só não contava com as curvas que a minha vida daria, as pedras de tropeço no percurso, os inúmeros altos e baixos, alguns mais baixos que altos.
Momentos em que eu achei que não sobreviveria para contar a história. Mas estou aqui pra contar cada aventura, cada momento movimentado da minha vida desde a infância.
Com a inocência de ser criança, eu pensava ser imune ao sofrimento que eu via algumas personagens de filme de romance passarem, ou então eu imaginava que minha vida seria um grande filme de comédia romântica, na qual não demoraria para que eu encontrasse uma pessoa e nisso nos apaixonarmos e então seria para sempre, Mesmo que alguns imprevistos fossem acontecer pelo caminho, e se acontecesse de nos afastarmos logo ele reconheceria que eu era o amor da vida dele e então tudo daria certo.
Mas então o inevitável aconteceu... eu cresci e junto vieram as tantas experiências falidas no amor, muitas lições e corações partidos também. Se tem alguém que acha ser impossível um mesmo coração ser partido tantas vezes. Acredite, o meu foi.
E nisso tudo me sentia mal pela minha eu pequena que tanto acreditava no amor, ao ter como base o amor dos pais. Um relacionamento baseado na confiança, companheirismo e amizade verdadeira. Eles sempre enfrentavam do melhor ao pior momento da vida, sempre juntos.
E eu lamentava cada momento em que me pegava pensando se eu pudesse estar de frente para ela (a minha eu criança), e ela me perguntasse sobre o amor. A decepção, o medo e a desesperança se instalarem em seus olhos brilhantes e apaixonantes ao contar que as coisas não saíram exatamente como planejamos. Pelo menos não ainda.
Ainda carrego em mim a esperança de um amor tranquilo, por mais que as vezes eu não saiba se ainda é para mim. No fundo sei que ele existe e sei que está por aí a minha procura também.
Uma parte da minha adolescência com a juventude eu meio que deixei na gaveta da cômoda, ou guardada lá no fundo da prateleira a questão "amor". O amor eu vivia nos filmes, nas músicas e nos livros que eu lia e escrevia. Era mais movida pelos meus sonhos de alcançar objetivos, como a tão sonhada faculdade e independência. Aliás eu era uma pessoa que tinha a vida toda planejada a dedo.
Mas então a gente cresce mais um pouquinho, e nisso (nem sempre mas comigo aconteceu) as coisa saem do seu controle. Me vi totalmente perdida do que havia planejado pra minha vida. Inicie a faculdade bem depois do que havia planejado e o amor então tomou o seu lugar, ele foi retirado do fundo da prateleira e as coisas começaram a acontecer.
Eu já havia me apaixonado várias vezes, de amor platônico até aquele em que a pessoa sabe mas não sente o mesmo que você.
Eu já vivi 26 anos, e em meio a todas as minhas experiências, relacionamentos e momentos que eu acreditava serem especiais, me questionei se algum desses sentimentos era realmente amor.
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Doce Amor
RomantizmBárbara nunca conseguiu se proteger do amor. Mesmo depois de tantas decepções, ela ainda se apaixona com a facilidade de quem acredita que a felicidade pode estar no próximo olhar, no próximo sorriso, no próximo encontro inesperado. Mas, por trás de...