Capitulo 6

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Na imponente e ancestral Fortaleza Vermelha, onde os ecos de histórias de dragões e conquistas ainda vibravam nas paredes de pedra, o clima da reunião do conselho estava carregado de tensão. A sala, iluminada por tochas que lançavam sombras dançantes, tornava-se um campo de batalha verbal, onde palavras afiadas eram as armas e as alianças, os escudos. A princesa Rhaenyra, com sua determinação ardente, sabia que o peso de sua posição não poderia ser subestimado. O conflito entre ela e a rainha Alicent já era notório, um fogo que consumia a paz de Westeros, e qualquer movimento em falso poderia provocar uma conflagração.

Com um olhar firme e resoluto, Rhaenyra se levantou e expôs sua proposta: oferecer a mão de seu filho Jacaerys à sua meia-irmã Helaena, uma união que poderia simbolizar a paz entre as facções rivais da Casa Targaryen. Além disso, a princesa também sugeriu que Aemond, o filho da rainha Alicent, recebesse um ovo de Syrax, como um sinal de boa vontade. Essa oferta, embora nobre em suas intenções, foi recebida com murmúrios e olhares desconfiados. Rhaenyra sabia que a união entre seus filhos poderia ser um passo estratégico, mas a rivalidade com a rainha era profunda e complexa.

Antes que Alicent pudesse expressar sua desaprovação, o rei Viserys, percebendo a tensão crescente e a expectativa que pairava no ar, tomou a palavra. "Meus nobres conselheiros", começou ele, a voz ressoando com uma gravidade que poucos na sala haviam ouvido recentemente, "tenho outros planos para minha filha Helaena." Suas palavras reverberaram como um trovão, interrompendo o murmúrio que crescia entre os presentes.

Os rostos dos conselheiros se contorceram em choque e surpresa. A revelação de que Helaena, a filha mais nova, tinha um destino diferente do que muitos esperavam, não apenas desafiava a lógica política do momento, mas também questionava a própria dinâmica familiar. Rhaenyra, a primogênita, sempre foi vista como a favorita de Viserys e a escolhida para levar a coroa. A ideia de que ele pudesse ter planos para Helaena, em vez de alinhar os destinos de suas filhas com a linha de sucessão, era, no mínimo, inesperada.

Alicent, por outro lado, iluminou-se com a possibilidade de que seu filho Aegon pudesse ser o escolhido para se unir a Helaena. Para ela, isso não era apenas uma questão de política, mas uma forma de consolidar sua posição e garantir que sua própria linha de sucessão fosse fortalecida. O brilho em seus olhos traía a esperança que crescia dentro dela, como uma flor que desabrocha sob o sol. Ela imaginou um futuro onde seus filhos poderiam governar juntos, onde as rivalidades poderiam ser suavizadas por laços de sangue.

Entretanto, o que ninguém sabia era que os planos de Viserys eram mais complexos do que aparentavam.

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