Capítulo 11

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Aemon despertou sob a luz das velas da madrugada, seus sonhos ainda entrelaçados com as memórias do dia anterior. O toque firme de um de seus cavaleiros o trouxe de volta à realidade, e ele se levantou rapidamente, seu coração batendo acelerado. Algo não estava certo. Ao sair de seu quarto, o ar estava carregado de uma tensão palpável, uma tempestade prestes a se formar.

Ao entrar na sala do trono, Aemon encontrou seu pai, o rei, em uma conversa acalorada com os nobres presentes. O tom era grave, e a expressão de seu pai era de preocupação. "Onde você ouviu que seus sobrinhos eram bastardos?" o rei exigiu, com a voz ecoando entre as paredes de pedra. Aemon sentiu uma onda de raiva crescer dentro de si, não apenas pela acusação infundada, mas pela forma como seu pai estava tratando Aemond, seu irmão, que havia lutado bravamente e agora estava ferido.

Aemond, sentado em um canto, estava com o rosto manchado de sangue, uma ferida profunda onde antes havia um olho. A dor e a humilhação eram visíveis em sua expressão. Aemon não conseguia acreditar que seu pai, a quem admirava profundamente, estava mais preocupado com rumores e intrigas do que com o bem-estar de seu próprio filho. O sangue de Aemond, em contraste com a frieza das palavras do rei, era um grito silencioso por justiça e compreensão.

Furioso, Aemon avançou, decidido a confrontar seu pai. "Como você pode defender Rhaenyra e tratar Aemond dessa forma?" suas palavras cortaram o ar como uma lâmina afiada. "Ele é seu filho! Ele lutou por nossa família, e agora você o abandona por causa de boatos? Isso não é o que significa ser um Targaryen!"

O silêncio caiu sobre a sala. Os nobres olharam para Aemon, surpresos com sua bravura, enquanto a tensão entre pai e filho se intensificava. Aemon sentiu o peso da tradição e do legado Targaryen em seus ombros, mas não podia ignorar a injustiça que seu irmão estava enfrentando. Sem esperar por uma resposta, ele se virou e correu em direção a Aemond.

Aemon se apressou em direção a Aemond, seu coração pulsando com um misto de preocupação e indignação. O ambiente ao redor parecia se dissipar, as vozes dos nobres se tornavam ecos distantes enquanto ele se concentrava apenas em seu irmão. A imagem de Aemond, ferido e vulnerável, era um golpe doloroso em sua alma.

Aemond estava encostado em uma das paredes da sala, sua expressão era uma mescla de dor física e emocional. O olho que lhe restava estava cheio de raiva contida, mas havia uma centelha de gratidão quando Aemon se aproximou. O laço que unia os irmãos tinha sido testado ao longo dos anos, mas agora, mais do que nunca, eles eram um só. Aemon se agachou ao lado de Aemond, a mão estendida em um gesto de apoio.

"Eu vou cuidar de você, irmão," Aemon declarou, a determinação em sua voz ressoando como um juramento. Ele chamou um dos curandeiros, um homem experiente e respeitado, que se apressou em atender ao chamado. O curandeiro, com mãos firmes e sábias, começou a limpar a ferida de Aemond, utilizando ervas curativas que perfumavam o ar com um aroma fresco e terroso.

Enquanto o curandeiro trabalhava, Aemon observava cada movimento, a preocupação gravada em seu rosto. Ele sabia que as palavras de seu pai ainda ecoavam em sua mente, mas agora seu foco estava em Aemond. "Não se preocupe com o que eles dizem," Aemon falou suavemente, tentando confortar seu irmão. "Estou orgulhoso de você , por domar vhagar e enfrentar sozinho 4 deles."

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⏰ Última atualização: Oct 16 ⏰

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