Capitulo 10

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Após a profunda e reveladora conversa com seu pai, Aemon sentiu a necessidade de clareza e de um momento de reflexão. A brisa do mar, fresca e ligeiramente salgada, convidava-o a caminhar pela praia, onde as ondas dançavam em um ritmo hipnotizante. Enquanto ele caminhava, sua mente era um turbilhão de pensamentos sobre o futuro da Casa Targaryen, sobre as responsabilidades que pesavam sobre seus ombros e a inevitável rivalidade que permeava a atmosfera do reino.

Foi então que Aemon avistou seu irmão Aemond, um jovem audacioso, com um brilho nos olhos que refletia a determinação de conquistar Vhagar, a majestosa dragão que havia sido uma lenda entre os Targaryen. Aemond sempre fora impulsivo, e a ideia de reivindicar a montaria de tal poder e prestígio ressoava em seu coração como um chamado. Aemon, percebendo a paixão que ardia dentro do irmão, decidiu apoiá-lo nessa empreitada.

"Vou te ajudar, Aemond," disse Aemon, com uma firmeza em sua voz que deixou claro que a união entre eles era mais forte do que qualquer rivalidade que pudesse existir. Juntos, eles se prepararam para o que seria um momento épico na vida de Aemond, um passo que selaria um novo laço entre os irmãos, um vínculo forjado na aventura e na coragem.

Quando Aemond finalmente conquistou Vhagar, o céu tornou-se um palco para a exibição de sua bravura. Os dois irmãos, lado a lado, sentiram a adrenalina e a liberdade que apenas um voo em dragão poderia proporcionar. O vento batia em seus rostos, e por um breve instante, as preocupações sobre o futuro pareciam distantes. Aemon sorriu, um orgulho imenso preenchendo seu coração; ele sabia que, independentemente do que acontecesse, aquele momento seria um marco em suas vidas, um símbolo de sua fraternidade.

Após a emocionante aventura de voar com Vhagar, Aemon finalmente decidiu que era hora de se retirar e descansar. A brisa suave da praia ainda dançava em seu cabelo enquanto ele caminhava de volta para o castelo, a mente ainda fervilhando com as lembranças do voo e da conexão recém-descoberta com seu irmão Aemond. Ao entrar em seu quarto, Aemon sentou-se na beira da cama, fechou os olhos e deixou que a exaustão tomasse conta de seu corpo. Mas, no fundo de sua consciência, uma inquietação pairava no ar, como se algo sombrio se aproximasse.

Enquanto Aemon tentava relaxar, longe dali, a tensão estava crescendo entre os membros da Casa Targaryen. A rivalidade entre os filhos de Rhaenyra e os de Daemon, exacerbada por disputas de poder e herança, estava prestes a estourar em um confronto violento. Aemond, com seu espírito indomável e sua recente conquista, não se contentaria em ficar à sombra de seus primos. Ele tinha um fogo dentro dele, uma necessidade de provar seu valor e reivindicar seu lugar no mundo.

Naquele momento, Aemond, impulsionado por sua bravura e um tanto de imprudência, encontrou os filhos de Rhaenyra e Daemon em um local que se tornara um campo de batalha para disputas de honra e poder. O clima estava carregado, e palavras afiadas logo se transformaram em ações. Aemond, com seu olhar determinado, avançou para confrontá-lós..

A briga irrompeu como um vulcão em erupção, e a poeira levantou-se em nuvens densas ao redor deles. As vozes ecoavam, misturadas ao som de socos e gritos, enquanto os príncipes lutavam . Mas, em meio ao caos, um movimento inesperado ocorreu. Um golpe traiçoeiro, um momento de distração, e Aemond sentiu a dor aguda e cortante de um ataque.

Um dos filhos de Rhaenyra, em um momento de fúria, desferiu um golpe que atingiu Aemond diretamente em seu olho.

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