Eilish e Sn

"Você... Não tem noção do que está fazendo comigo, tem?"

Billie chegou ao quarto de SN determinada. A cada passo, sentia o calor da raiva se misturar com o desejo reprimido. A rejeição, o ciúme e o desinteresse de SN haviam despertado algo mais forte nela. Quando bateu na porta, o som foi firme e rápido, sem hesitação. Do outro lado, SN abriu a porta parcialmente, revelando apenas uma fresta.

Ela estava vestida de forma casual: uma camisa branca abotoada até o meio e calcinha, os cabelos presos num coque despojado, óculos repousando no rosto. Era uma visão tão simples, mas que fez o coração de Billie acelerar.

"Preciso falar com você", disse Billie, os olhos passando rapidamente por SN antes de voltar ao rosto dela.

"Vou me vestir", SN respondeu com sua habitual frieza, fechando um pouco mais a porta, como se tentasse manter a barreira física que separava as duas.

Billie, porém, não tinha paciência. Sem esperar, empurrou a porta e entrou no quarto, sua impaciência escancarada em cada movimento. Quando a viu por completo, Billie sentiu o sangue ferver — não de raiva, mas de desejo. SN, com aquela camisa solta, pele à mostra, parecia provocá-la sem sequer tentar.

"Você... Não tem noção do que está fazendo comigo, tem?" Billie perguntou, sua voz um pouco mais baixa, carregada de uma tensão mal contida. Ela caminhou até SN, cada passo mais firme, até estar a centímetros dela.

SN ergueu uma sobrancelha, mantendo a compostura, mas havia algo diferente no ar. Billie estava mais perto, e sua presença, dessa vez, era avassaladora.

"O desinteresse que você me mostrou hoje... O jeito como parecia não se importar... Isso só... fez tudo ficar mais intenso." Billie falou com sinceridade, o tom entrecortado pelo desejo que estava explodindo dentro dela.

Sem esperar por uma resposta, Billie puxou SN pela cintura, seus corpos colidindo de forma elétrica. Ela não hesitou ao inclinar-se, seus lábios roçando os de SN por um segundo antes de mergulhar num beijo quente, carregado de frustração, ciúmes e uma paixão que ela mal conseguia controlar.

SN, surpreendida, inicialmente endureceu o corpo, mas logo cedeu à intensidade de Billie, sentindo o calor que emanava dela.

Billie apertava a cintura de SN, puxando-a com firmeza até que seus corpos se colassem ainda mais. Encostada contra a parede do quarto, SN sentia a respiração quente de Billie em sua pele enquanto ela distribuía beijos suaves em seu pescoço, subindo lentamente até sua orelha. Um sorriso malicioso surgia nos lábios de Billie a cada reação de SN, mas havia mais do que apenas desejo em seus olhos — algo mais profundo.

Segurando as mãos de SN, Billie as entrelaçou com força, como se precisasse ancorar-se naquele momento. Seus rostos ficaram tão próximos que as testas se tocaram, e ambas podiam sentir o coração da outra batendo acelerado, criando uma tensão quase palpável no ar.

"Eu... eu não aguento mais, SN," sussurrou Billie, sua voz carregada de emoção e um pouco de vulnerabilidade. "Não sei o que está acontecendo comigo, mas nunca senti isso antes."

Ela olhou nos olhos de SN, buscando algum tipo de resposta, alguma pista de que ela sentia o mesmo. O coração de Billie apertava com a confusão e o desejo que a consumiam. Estava sendo honesta de uma forma que raramente era, expondo-se como nunca tinha feito antes.

"Você... você me deixa louca de todas as formas possíveis, e quando você me ignora, quando finge que não se importa, eu só... só quero mais."

Billie apertava as mãos de SN, mantendo-as ali, entrelaçadas, como se temesse que, se as soltasse, o momento pudesse se desfazer.

SN se afastou lentamente dos beijos e carícias, respirando fundo enquanto tentava recuperar o controle de si mesma. Ela caminhou até uma poltrona perto da janela e se sentou, cruzando as pernas e passando a mão no coque desfeito, tentando disfarçar o nervosismo. Billie, percebendo a mudança no clima, também recuou. Com o coração batendo acelerado, ela caminhou até a frente de SN e se sentou no chão, ficando de frente para ela.