intimidade

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Fátima

O silêncio que pairava entre nós era pesado, mas não desconfortável. Nossos corpos ainda próximos, a respiração dela tão próxima que eu podia senti-la contra minha pele.

Estávamos unidas por algo invisível, mas imensamente forte. E, pela primeira vez, senti que não precisava dizer mais nada. Não havia mais espaço para palavras entre nós, apenas para aquilo que transcendeu as barreiras que existiam até então.

Diana se afastou um pouco, mas seus olhos permaneciam fixos nos meus. O olhar dela me queimava por dentro, e eu não conseguia desviar. Sabia que tínhamos cruzado uma linha e que, a partir daquele momento, nada seria como antes. Mas a parte mais assustadora era que eu não queria voltar atrás.

— Fátima, você confia em mim? — a voz dela saiu baixa, quase como um sussurro, mas carregada de uma seriedade que me fez tremer.

Assenti, sem precisar de muito tempo para pensar. Não era apenas obediência; havia algo muito maior que isso. A confiança entre nós, construída silenciosamente ao longo de anos, agora tomava uma nova forma, algo que eu não sabia que poderia existir.

— Confio, senhora — respondi, sem hesitar. Minhas palavras soaram mais seguras do que eu me sentia, mas eram verdadeiras.

Ela não disse mais nada. Em vez disso, levantou-se do banco do piano e me olhou, seus olhos percorrendo meu corpo com um desejo que fazia meu coração bater mais rápido. Eu já não era apenas a criada naquela sala, e o jeito como ela me olhava deixava isso muito claro. Sua mão se estendeu até mim, e eu soube o que vinha a seguir.

Tire a roupa.

A ordem foi suave, mas firme, carregada de uma expectativa que me fez hesitar por um segundo. Meus olhos buscaram os dela, tentando confirmar se eu realmente havia entendido o que ela queria. Mas o silêncio entre nós falou mais alto. Não havia dúvidas. Diana me queria.

Com os dedos trêmulos, comecei a desabotoar meu vestido, cada botão parecendo mais difícil que o anterior, não pela complexidade da tarefa, mas pela intensidade do momento. A cada pedaço de tecido que se soltava, sentia a distância entre nós diminuir, como se a cada botão, algo se revelasse, não apenas em mim, mas em nós duas. O vestido caiu aos meus pés, e ali estava eu, exposta, nua, diante dela.

Eu me senti vulnerável como nunca antes. Diana me olhava com uma mistura de desejo e admiração, e aquela sensação me tomou de um jeito que eu não conseguia explicar. Meu coração batia tão forte que eu mal conseguia ouvir meus próprios pensamentos. Sua mão, lenta, aproximou-se de mim, e o toque dela nos meus seios foi como um choque elétrico.

Soltei um pequeno suspiro, incapaz de conter a resposta do meu corpo ao toque dela. Não havia mais espaço para hesitação. Os dedos dela exploravam minha pele com precisão, e cada movimento parecia me deixar mais entregue. O corpo respondia por mim; eu não tinha mais controle.

— Você gosta? — ela perguntou, sua voz baixa, quase provocativa, enquanto os dedos dela traçavam círculos ao redor dos meus mamilos, endurecidos sob seu toque.

Eu não consegui falar de imediato. Apenas assenti, mordendo o lábio para conter o gemido que queria escapar. Meus olhos se fecharam por um momento, tentando processar o que eu estava sentindo. Nunca imaginei que algo assim pudesse acontecer. E agora que estava acontecendo, eu não queria que terminasse.

Senti os lábios dela descerem pelo meu pescoço, até meus seios, e cada beijo, cada toque, parecia incendiar minha pele. Minhas mãos buscaram apoio nos ombros dela, como se eu precisasse de algo para me ancorar naquele momento, porque estava à beira de perder o controle de mim mesma. Quando ela finalmente levou a boca até meus seios, um gemido mais alto escapou dos meus lábios. Eu estava completamente à mercê do que Diana quisesse fazer comigo.

Os lábios dela sugavam meus mamilos com uma fome que eu nunca havia sentido antes, e eu só conseguia me entregar. Meu corpo respondia de maneira automática, os quadris se movendo involuntariamente, buscando mais. Diana era precisa, sabia exatamente o que fazer para me levar ao limite, e eu já estava à beira.

As mãos dela desceram por meu corpo, e, quando os dedos encontraram minha intimidade, senti um tremor passar por mim. Eu estava completamente molhada, e o toque dela só intensificou isso. Minhas pernas quase fraquejaram com o choque de prazer, e minha cabeça pendeu para trás, os olhos fechados, enquanto minha boca soltava pequenos gemidos, incapaz de controlar.

Sinto os dedos de Diana dentro de mim, movendo-se com uma precisão que me faz perder qualquer resquício de controle. Meu corpo parece agir por conta própria, rebolando sobre a mão dela, buscando mais, querendo mais, cada movimento intensificando o prazer que pulsa em mim.

— Você está tão molhada, Fátima... — ela sussurra, a voz grave e baixa, quase rouca. — Está melando os meus dedos.

A forma como ela fala, com tanta segurança, só me faz sentir ainda mais vulnerável. Mas, ao mesmo tempo, me entrega de um jeito que nunca imaginei possível. O calor dentro de mim cresce, e tudo o que posso fazer é continuar me movendo, sem conseguir parar, sentindo cada vez mais como seus dedos me preenchem.

— Tão apertada... — ela murmura, os dedos dela afundando mais fundo, provocando-me, esticando cada segundo desse momento. — Está sentindo? Como seus líquidos estão escorrendo pelos meus dedos?

Um gemido escapa dos meus lábios, incapaz de segurar qualquer som que o prazer evoca. Meus quadris rebolam contra a mão dela, cada movimento mais desesperado que o anterior. Ela sabe exatamente o que está fazendo comigo, sabe que eu estou à beira de me perder completamente.

— Me diga, Fátima... — a voz dela é um sussurro contra minha pele, fazendo cada palavra parecer um comando que meu corpo simplesmente obedece. — Os meus dedos são mágicos como os seus?

Eu quase não consigo responder. Meu corpo está quente, meus músculos se contraem ao redor dela, e tudo o que sinto são os dedos de Diana me levando mais e mais fundo nessa onda de prazer. Eu abro a boca, tentando dizer algo, mas só consigo gemer, meus quadris se movendo de forma involuntária.

— Sim... sim... — gemo, com a voz entrecortada, sem fôlego.

Meus quadris se moviam involuntariamente, buscando mais, querendo mais. Eu não conseguia pensar, apenas sentir.

Ela me conduzia, lenta, mas firmemente, e eu estava à beira de desmoronar em suas mãos. O prazer era intenso, e quando, enfim, atingi o clímax, senti meu corpo inteiro tremer, as ondas de prazer me tomando por completo.

Minha respiração estava pesada, o corpo ainda tremendo, e quando abri os olhos, vi Diana me observando com um sorriso suave. O olhar dela me dizia mais do que qualquer palavra.

Éramos duas mulheres, unidas por algo mais forte do que qualquer título, qualquer convenção.

Eu a amava. E, pela primeira vez, sentia que ela me amava também.

lúmina - diamaOnde histórias criam vida. Descubra agora