O tempo se passou na calma, calmaria até de mais, nada muito emocionante, o que assusta muito, depois do ocorrido na semana retrasada.
Seu olhar sempre está em mim, não importa onde eu esteja. Um tanto quanto assustador
Vou começar a fazer a minha faculdade pela manhã e vim cuidar da Safira pela tarde e começo da noite. Mas uma vez na semana eu não terei aula, que é na quarta feira, mas queria fazer alguma coisa sabe, pra não ficar em casa.
Término de me arrumar, passo o gloss e solto meu cabelo. Estou com uma calça boca de sino preta, um cropped branco, uma argola prata, meu black solto, coloquei alguns anéis e colares. Tô bem a cultura negra dos anos noventa, amei, só faltou a bota.
-Vó, já estou indo- falo colocando a minha bolsa e dando um beijo na cabeça do meu bichinho.
-Cuidado querida, quando chegar me avisa- assinto e abro a porta da frente, tranco tudo e desço as escadas da minha rua, chegando na rua de baixo, passo pelo beco, dou bom dia a todos os meninos que estão ali vendendo suas drogas e saio parando na rua principal. Bem na entrada da rua tem uma moto, que infelizmente eu reconheço o dono, ele sorrir pra mim e eu reviro os olhos
-Bom dia diabinha- que apelido patético
-Bom dia Baiano- iria passar direto se o seu corpo não aparecesse bem na minha frente.- Oi Baiano, o que você quer?
-Vim te dar uma carona e é assim que você me trata?- ele arqueia a sobrancelha
-São seis horas da manhã cara, vai trabalhar
-Primeiro eu te levo depois eu trabalho, toma- ele me estende um capacete e eu gargalho
-Você só pode tá maluco, eu não vou com você
-Porque?
-Por vários motivos- dou de ombros
-Diz uns aí, quero ver- ele cruza os braços
-Um, eu não tô maluca de andar de moto contigo- levanto um dedo- dois, o capacete vai machucar o meu cabelo- levanto mais um dedo- três, eu não quero que pensem que eu sou alguma vagabunda sua- sorrio.
-Então vamos de carro- olha pra ele irritada e vejo um sorriso de vitória no seu rosto
-Que parte você não entendeu que eu..- ele me interrompe
-Que você não quer que pensem que é alguma puta minha, mas meu amor- ele se aproxima- todos já sabem que você é minha dama, minha mulher, só você que não aceitou ainda- ele sorrir- vamos, vou mandar os menor deixar um carro lá na entrada- ele pega a bolsa do meu ombro e começa a andar.
Irritada e sem saída tenho que ir atrás dele. Adianto meus passos para alcançar o seu.
-Ae menor- ele para um muleke que deve ter no mínimo dezoito anos- leva minha moto lá em casa, se qualquer coisa acontecer eu mato você- ele faz a ameaça com um sorriso no rosto.
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Meus Presentes Surpresa- Livro 2 da Série: Morros
RandomYan um Traficante muito conhecido no RJ, ao acordar depois de uma festa ele encontra um presente inesperado em cima dele. Com o tempo ele começa a passar por coisas que nem ele imaginou passar, ele faz coisas que na cabeça dele nunca seria capaz, mu...