A ressaca é a pior coisa que já existiu na face da terra, ela é o terror de qualquer pessoa que beba sem raciocínio lógico, o que foi o meu caso.
Acordo com uma puta dor de cabeça, senhor Jesus, se for da tua vontade pai, me leva. Me leva agora por favor.
Coloco a mão no rosto tampando o sol que invade o quarto. Quarto, como eu vim para no meu quarto?
Me levanto com calma ainda tentando raciocinar, escuto o barulho de porta abrindo e ainda de olhos fechados eu digo.
-Vovó, eu espero que esteja com um copo de água e um remédio forte para ressaca e não sermões.
-Estou com os dois- a voz grossa e grave fala e eu franzo a testa, abro os olhos ainda me acostumando com a claridade e olho para a porta, a não.
-Mas que mer...- ele faz um sinal de silêncio.
-Safira- ele fala e eu paro e suspiro.
-Como eu vim parar aqui- ele se aproxima e se senta perto de mim
-Eu te trouxe depois que vi seu estava, e como tava dando muito trabalho ao seu amigo.- ele me entrega o copo e o remédio- tome- arqueio a sobrancelha, mas antes de rebater uma dor forte se faz presente na minha cabeça, faço uma careta e ele sorrir- tome
Pego o copo e o remédio, tomo de vez bufando irritada.
-Ótimo, vai tomar uma ducha e desce pra bater um rango- ordena se levantando
-Eu sou alguma puta sua por acaso?
Ele sorrir, sei o que se passa na sua cabeça, se ele responder essa merda, eu quebro a cara dele.
-Não ainda, mas vou te fazer minha, breve.- sai do quarto me deixando irritada.
Idiota, babaca, escroto. Me jogo na cama e coloco o travesseiro no meu rosto, o cheiro dele invade minhas narinas, jogo o travesseiro longe.
-ARG- praticamente grito, não foi uma boa opção, minha dor de cabeça volta, me levanto e saio da cama, vou até o banheiro e tomo um banho bem demorado, para tirar a ressaca, o cheiro de álcool e nesse processo eu espero que a conta de água dele venha caríssima, para ele pagar por tudo também. Cruzo os braços emburrada dentro do banheiro- babaca de merda.
-Tá falando de mim?- pulo em um susto e quase escorrego, olho para a porta e lá está ele, me olhando
-Porra, sai daqui- tento tampar o meu corpo e ele sorrir
-Ainda é o meu banheiro
-E eu estou tomando banho, seu tarado- ele rir e nega
-Vim apenas escovar os dentes- ele vai em direção a pia e eu estreito os olhos.
Fecho a porta do box, eu estava planejando alagar seu banheiro também, mas pelo visto não irei pode seguir com o meu plano. Resolvo terminar logo meu banho, e nessa hora eu agradeço pelo box ser fosco, não iria me sentir confortável com ele me olhando daquele jeito tão.. não sei explicar, mas não queria ele me olhando.
Termino o banho logo e procuro a toalha.
-A, pelo amor de Deus- falo pra mim mesma e bufu
-Aconteceu alguma coisa- reviro os olhos
-Não aconteceu...- paro de falar e sorrio, essa vai ser a minha melhor vigarice.- eu esqueci a toalha- digo de forma irritada
-Está aqui fora- sorrio, está indo para onde eu quero
-Tem como fazer a gentileza de me entregar por favor?
-Não sabia que usava palavras educadas, isso é novo pra mim.- reviro os olhos
-Tem como pegar ou não?- cruzo os braços mesmo sabendo que ele só ver a minha silhueta.
-Venha pegar você.- bufu e abro a porta do box, e nesse movimento eu quase tenho um infarto, lá está ele, encostado na pia com os braços cruzados que deixa seus músculos todos amostrar, sem camisa e pra acabar com a minha sanidade está com aquele olhar de molhar calcinha, o olhar que toda vez que é direcionado a mim uma calcinha nova é destruída.
-Onde está?- arqueio a sobrancelha e seu olhar está todo em mim, seus olhos passam pelo meu corpo lentamente, me deixando quente e excitada, acho que se eu estivesse de calcinha ela já tinha ido em bora.- Tem como me dá logo a merda da toalha?- me irrito, ele não deveria está me causando esse efeito.
-Aqui- ele levanta a toalha e eu estico o braço- venha pegar- mordo a boca por dentro para não sorrir, isso aí garotão, vamos ver quem é mais.
Me aproximo dele como uma pantera, lentamente e sedutoramente. Meus olhos não saem do lá seus a nenhum momento, e não pretendo desviar, ao me aproximar vejo suas pupilas dilatarem, sua língua passa nos seus lábios de forma convidativa, e ao me aproxima, quase esqueço o que eu iria fazer. Quase.
Coloco uma das mãos no seu peitoral nu, uma corrente elétrica passa pro meu corpo, mas a ignoro, aproximo meu rosto do seu e ele faz o mesmo, quando nossas bocas estão quase se tocando puxo a toalha e me afasto sorrindo.
-Sabe- começo a enrolar a toalha no meu corpo, vejo seu olhar de ódio e raiva em cima de mim- é muito fácil enganar um homem- término de fechar a toalha no meu corpo e jogo a cabeça para o lado- o que foi, o gato comeu a sua língua?- sorrio e vou em direção a porta, a abro, mas antes de eu cogitar sair, sinto suas mãos na parte de trás do meu pescoço, e logo eu sou puxada.
Nossos corpos ficam próximos novamente, mas dessa vez não tem o olhar de sedução, tem raiva e excitação. Com a sua boca quase colada na minha ele diz:
-Não me provoque Luana- sua voz sai rouca- não sabe o que eu posso fazer
-Ah, você não sabe o que eu posso fazer- eu rebato
-Não vai gostar quando eu tirar meu tempo para me divertir com suas irritações
-Eu também sei ser mal Baiano, mas a diferença de nós dois, é que eu não tenho tempo pra tudo isso, já você por outro lado, parece ter o suficiente.- sorrio ele intensifica o aperto.
-Que os jogos comecem então querida- ele passa a língua no meu pescoço e se afasta saindo do banheiro.
-Que os jogos comecem.
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Meus Presentes Surpresa- Livro 2 da Série: Morros
De TodoYan um Traficante muito conhecido no RJ, ao acordar depois de uma festa ele encontra um presente inesperado em cima dele. Com o tempo ele começa a passar por coisas que nem ele imaginou passar, ele faz coisas que na cabeça dele nunca seria capaz, mu...