V - sombras à espreita

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O som metálico da chave de fenda girando ecoava pela oficina enquanto Dean se concentrava em apertar os últimos parafusos no motor do Lexus. Seu foco estava no trabalho; ele já havia passado horas naquele carro, e finalmente sentia que estava no caminho certo. Os problemas de ignição que o atormentavam pareciam estar resolvidos, e o motor agora funcionava de forma suave. Ele deixou escapar um suspiro de alívio, sentindo o peso da exaustão nos ombros.

Ao se endireitar, ouviu o som familiar da porta da oficina se abrindo e o leve som de passos. Ele sorriu antes mesmo de se virar, já sabendo quem era.

Charlie Bradbury entrou, com seus cabelos ruivos bagunçados e um sorriso travesso estampado no rosto. Ela carregava duas xícaras de café, uma delas estendida em direção a Dean. 

— Cara, o que aconteceu? Parece que você passou a noite com esse carro — disse ela, oferecendo a xícara enquanto dava uma olhada no Lexus.

Charlie era uma visão familiar na oficina. Ela se destacava tanto por sua aparência quanto por sua personalidade vibrante. Seus cabelos curtos e flamejantes, sempre em um corte rebelde, combinavam perfeitamente com seus olhos castanho-avermelhados, que brilhavam de curiosidade. Embora não fosse particularmente alta, seu porte confiante e sua presença eram suficientes para fazer qualquer um perceber quando ela estava por perto. Sempre vestida com jeans e uma camiseta de banda, Charlie trazia um ar descontraído à oficina. Para ela, o mundo dos carros era um parque de diversões, e isso transparecia na sua paixão e entusiasmo com cada reparo.

Dean aceitou a xícara, rindo levemente. — Esse Lexus é temperamental, não vai com qualquer um. Castiel me pediu um favor, então achei melhor resolver isso logo.

Ela levantou uma sobrancelha, claramente interessada no nome mencionado. — Ah, então é isso. Castiel pediu um favor.

Dean rolou os olhos enquanto tomava um gole de café. — Não começa, Charlie. Ele é só um cliente.

— Só um cliente? — Charlie deu um sorriso conspiratório, inclinando-se contra a bancada. — Eu vi como você olha pra ele quando ele aparece aqui.

Dean bufou, colocando a xícara de lado e pegando um pano para limpar as mãos. — Castiel é um homem bonito, não vou mentir. Qualquer um notaria isso. Mas é só isso, ok? Eu mal o conheço, e ele é só um cliente.

— Hmm… bonito, intrigante, misterioso — disse Charlie, contando nos dedos. — Quer que eu continue?

Dean riu, balançando a cabeça. — Eu só admiro de longe. Não tem mais nada. Sério, você está imaginando coisas. Ele é só… diferente. Meio magnético, talvez. Mas não é como se eu estivesse interessado.

Entre sombras e Luzes - DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora