THE CRIMINAL- Malila

20-|Me aguarde

Boa leitura 📚

MARAISA PEREIRA.

Talvez eu estivesse ficando maluca, era só uma mulher loira, é impossível ser ela. Ela não estaria em Bahamas.

Fico a manhã inteira olhando pela janela do meu quarto, onde dava pra ver metade da praia, e o chalé. Fico focada diretamente no chalé em que ela entrou.

Tinha passado um dia desde que vi aquela mulher que se parecia com ela, no caso foi ontem, eu fiquei tão intrigada que estou aqui observando o chalé, até agora não vi ninguém entrando e nem saindo.

Logo a mulher loira sai do chalé, parecia a mesma de ontem, ela fica de costa, observando o mar, ela segura algo na mão e logo leva até a boca, presumo que ela esteja fumando. É a mesma mulher que avistei ontem. Definitivamente não era Marília, a mulher tinha um cabelo médio, e estava com uma postura diferente, e com trajes diferentes, estava com um terno branco.

A mulher se vira e olha diretamente pra janela em que eu estava observando, como se soubesse que alguém estava de olho nela e assim eu finalmente vejo seu rosto direito. E era ela!

Espera, ERA MARÍLIA!

Arregalo os olhos, saio correndo mesmo de salto, eu estava pronta pra ir pra primeira reunião, mas se aquela mulher era Marília, a reunião ia ser a última coisa que eu ia resolver.

Desço as escadas, sem paciência de pegar o elevador, Luísa que estava na sala me esperando, se levanta assustada sem entender.

- Aconteceu algo amiga?

Sem tempo de responder, abro a porta e continuo correndo, será que a minha sanidade iria voltar? Será que finalmente eu ia pegar a mulher que me atormentou por um ano.

Atravesso a rua e finalmente chego na praia, quase caio por estar de salto na areia, decido tirar os saltos e corro até o chalé e a mulher não estava mais lá.

Ela desapareceu, vou até o chalé e estava tudo fechado, a porta era de vidro, mas tinha uma cortina grandona que impedia de ver o que tinha ali dentro. Volto pra areia e fico de costas pro chalé.

- Droga! Droga! Droga!- repito atacando meus saltos na areia, passo a mão pelo meus cabelos bagunçando eles.

Essa loira infernal ia ferrar com minha vida, a qualquer momento eu ia ter um infarto ainda pensando nela. Era loucura eu continuar nisso, atrás dela, só estava me prejudicando mentalmente.

Eu estava começando a alucinar as coisas, eu deveria começar um psicólogo urgente.

- Você por aqui Carla? Nunca imaginei você aqui em Bahamas.- Então aquela voz rouca surge atrás de mim.

Me viro rapidamente e paraliso, fico em choque.

Puta que pariu, era ela mesmo, em carne e osso. Não consigo pronunciar nenhuma palavra.

- Então, não vai falar nada?- Dá aquele maldito sorriso de canto, coloca um cigarro na boca e acende.

- É você mesmo?- Dou um passo pra frente, eu estava em êxtase, eu não estava alucinando.

- Quem mais seria?

- V-você está tão diferente.- finalmente reparo em tudo e passo o olho por ela toda.

- Você também não está nada mal.

E então aquele ódio que eu tinha dela volta a me consumir.

- Eu finalmente te encontrei, eu disse que eu ia te encontrar.

- Não foi exatamente isso, foi o maldito destino, poxa pensei que nunca mais ia ver essa sua cara.- ela tem a audácia de revirar os olhos na minha frente.

- Você continua com essa ousadia não é.

- Não sei se você se lembra, mas ousadia é meu segundo nome.- pisca pra mim.

- Eu finalmente vou colocar você na cadeia.

- Com que prova em Carla?

Fecho meus punhos e solto um grunhido.

- Eu vou arranjar uma forma de um jeito ou de outro.

- Linda você tentou por um ano e até agora não conseguiu, desista.- ela sorri e dá vontade de socar a cara dela.

- Esqueceu que eu sou uma pessoa muito importante no Estados Unidos?

- Exatamente, no Estados Unidos, aqui em Bahamas sou eu.

- O que você quer dizer com isso?

- Logo você descobrirá.- Dá uma tragada em seu cigarro.

- A minha vontade é de te socar, você não imagina o quanto eu quero te bater.

- Vem, o que está te impedindo?- ergue uma das sombrancelha.

E assim o faço, vou até ela e bato no peito dela.

- Mais forte Carla, assim não tem graça.

Me seguro pra não esmurrar a cara dela e me afasto ajeitando minha roupa.

- Eu tenho que ir, porque tenho que resolver coisas importantes, mas nem tente fugir.

- Pra que iria fugir, estarei bem aqui, pode ir.

- Com tanto dinheiro que você roubou, você está morando em um chalé?

Ela dá um sorriso e cruzas os braços.

- Está interessada na minha vida Carla? Mas respondendo sua pergunta, sou sua vizinha, tá vendo aquela casa ao lado da sua. É minha, mandei construir. Amo uma praia e esses chalés são todos meus, também tenho uma casa no centro da cidade. Se estiver interessada em algum chalé só conversar comigo que resolvemos.

- Nunca vou resolver algo com você.- olho ela com desgosto.

Ela solta uma risada que me irrita.

- Ah, se eu fosse você não falava isso tão cedo.

Olho pro meu relógio e eu estava atrasada.

- Tenho que ir, espero que não se esconda que nem um rato.

- Jamais, pode ir.

Coloco meus saltos e saio na frente dela, logo sinto sua presença atrás de mim então eu me viro.

- Vai me seguir agora é?

- Estou indo pra minha casa.

Bufo e reviro os olhos apressando meu passo.

Eu não iria embora tão cedo, me aguarde.

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DESCULPA ALGUM ERRO, DEIXEM A ESTRELINHA.

Até o próximo final de semana.