17-|Deu certo

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Boa leitura 📚.

MARÍLIA MENDONÇA.

Eu estava livre, eu não estava mais naquele cofre, eu estava com bilhões em mão. Porra meu plano mais uma vez deu certo.

Eu finalmente posso dizer que fui a única a ousar roubar o maior banco da América latina e tê dado certo, não tinha nem se quer polícia atrás de mim como sempre. Eu não estava passando no jornal, dizendo "Mais um banco foi roubado pelo bandido fantasma, até onde ele vai? Ele vai ser descoberto quando?" Era só isso que os jornais diziam, e sempre tirando o mérito de uma mulher, mal sabem
que sempre foi uma mulher e não um homem como todos pensavam. Confesso que estou meio suspeita, até porque tá como se ninguém soubesse que eu assaltei o maior banco.

Era pra estar em todos os jornais, polícia rodando em todos os aeroportos? O que Maraísa está aprontando?

Eu não ia ligar pra isso no momento, eu tinha muito o que fazer. Não é só porque estou fora do banco que significa que o plano acabou. Eu precisava tirar eu e minha equipe do país, iríamos pra Bahamas.

Iriamos parti pela madrugada, aluguei um jato particular, para transportar tudo o que precisávamos.

Ainda estou em êxtase, vendo meus olhos brilhar olhando as barra de ouro.

- Você conseguiu.- Maiara chega perto de mim.

- Nós conseguimos, somos foda, sem vocês eu não teria conseguido. Obrigado por estar ao meu lado.- Dou um sorriso pra ela.

- Eu sempre vou estar, vai sentir falta da vida de crime?

Dou risada e a encaro.

- Confesso que sentirei falta da adrenalina.

- Eu também, a gente já fez tanta loucuras, continuamos aqui em pé, realmente somos fodas.

- E vamos continuar firmes e fortes, sabe que se um dia alguma de nós duas desmoronar uma vai estar intacta ajudando a outra a se levantar.

- Sempre, nossa amizade vai além dessa vida.- ela diz e eu sorrio.

Confesso que a Maiara era uma das únicas que eu não aceitava perder, ela era minha alma gêmea, e nem sempre alma gêmea são um casal.


- Você vai desativar as câmeras da casa da Maraísa?

Por um momento eu tinha esquecido, as câmeras, eu ainda tinha as câmeras da casa dela. Será que ela já estava na casa dela?

- Sim, vou me desvincular tudo relacionado a Maraísa.

- Faça isso, vai ser a melhor coisa que você vai fazer.

Eu tinha contado a Maiara o que aconteceu lá no cofre entre eu e a Maraísa e ela surtou que nem uma doida, querendo saber os detalhes, mas não dei nenhum.

Os minutos em que passei com a Carla, confesso que foi uma verdadeira loucura, ela conseguiu tirar minha sanidade, minha paz. Eu precisava me desligar dela, era isso que eu sempre fazia depois de um assalto, me desligava do banco em que roubei e vou seguir minha vida, mas com Maraísa parece ser diferente, eu ainda não consigo tirar aquela droga de beijo da cabeça e que beijo do caralho...

Iriamos partir pra Bahamas e eu nunca mais ia pensar sobre Carla Maraísa, era isso que eu pensava, espero que minha mente não me sacaneei.

Todos da minha equipe estavam se ajeitando e arrumando suas coisas, eu já tinha deixado as minhas pronta.

(...)

Já havíamos organizado tudo dentro do jato, tinha pagado o dobro pro piloto e copiloto, eles estranharam vendo tanto dinheiro, mas compramos o silêncio deles.

O piloto vem avisar minha equipe que o jato está pronto e que podemos partir. Vou pra perto do jato, a escada estava aberta, começo a entrar, mas paro e olho ao redor, respiro fundo e continuo minha trajetória, vou até uma poltrona do avião e me sento.

Logo todos da equipe começam a entrar e se organizar em seus lugares, a porta do jato é fechada.

- Passageiros, coloquem os cintos e vamos a bordo, vamos ter uma viajem bem tranquila.- o copiloto diz e logo se dirige para cabine de pilotagem.

O jato em que aluguei era específico para transportar elementos, então ele era bem espaçoso.

Minha equipe estava espalhada pelas poltronas, escolhi uma afastada. Pego meu tablet, acesso nas câmeras da casa de Carla, mordo meus lábios apreensiva, logo aperto em uma tela expandindo a visão da casa dela. Vou passando pro lado buscando algo, eu sabia o que eu estava buscando, mas não deveria. Até que encontro, lá estava ela, ajoelhada ao canto da cama de sua filha.

Essa teria que ser a última vez, eu precisava apagar qualquer acesso que envolva Maraísa, eu não posso nem pensar no nome dela, mas porque tá tão difícil?

Dessa vez parece tudo diferente, nas outras vezes eu não dava tanta importância em varrer o lugar, ou ficar diretamente fascinada vendo ela. Como um ímã seu olhar vai diretamente pra câmera, ela se levanta caminha em direção a câmera, como se soubesse que eu estava lá vendo ela. Então a tela fica escura, desligo meu tablet.

Ela deve ter quebrado a câmera e com toda certeza irá fazer uma limpa com as câmeras.

A partir desse momento não quero mais saber nada sobre Maraisa, o que aconteceu no banco foi apenas um deslize que nunca mais vai acontecer, eu deveria estar doente. Eu nunca deixei meus pensamentos intrusivos ganhar enquanto estava em uma missão.

Talvez por esse ser meu último assalto, tudo foi diferente pra ter uma recordação meio peculiar. O mais difícil conseguimos é isso que importa.

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DESCULPA ALGUM ERRO, DEIXEM A ESTRELINHA.

THE CRIMINAL- MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora