DUSKWOOD- unrecognizable

Capítulo 3

Mesmo assim, ela não podia deixar de se sentir um pouco nervosa com a história, mordendo seu lábio inferior enquanto se perguntava sobre os perigos na mina.

Quando Jake encontrou uma escada, Alexia pediu uma foto do eixo. Ele enviou-a rapidamente, revelando uma imagem da escada enferrujada e antiga, que parecia ser a única forma de descer mais adiante na mina. Ele comentou que iria descer no escuro, mantendo sua lanterna apagada, e pediu para ela esperar até que ele chegasse ao fundo.

Alexia concordou, embora estivesse preocupada com a escuridão que o cercava. Ela pediu para que ele fosse cauteloso, sentindo-se vulnerável e distante enquanto esperava ansiosamente por notícias de Jake - seu único contato com a luz e a segurança no mundo acima.

Jake estendeu a mão, tocando a escada enferrujada e velha, sentindo o frio do metal em suas mãos enluvadas. Ele hesitou por um momento, os olhos fixos na escuridão abaixo.

Inspirando profundamente, ele começou a descer, um passo após o outro, cauteloso para não escorregar nas lâminas de metal umedecidas pela umidade da mina.

O eco das gotas de água ressoava ao seu redor, pingando das paredes de pedra cobertas de musgo. O cheiro único de terra molhada e vegetação em decomposição encheu seus pulmões a cada respiração. Ele se moveu com cuidado, com a ponta dos dedos roçando as paredes de apoio, as quais mantinham a escada meio estável, apesar da evidência de anos de abandono e desgaste.

À medida que Jake descia mais fundo na escuridão, o silêncio da mina parecia engolir todos os outros sons. O frio do subsolo se espalhou por todo o seu corpo, fazendo suas roupas pretas parecerem mais leves e seu coração palpitar com força. Seu olhar tentava se acostumar à escuridão, mas era quase impossível distinguir os detalhes da escada e das paredes que o cercavam.

Cada passo provocava uma vibração sutil na escada, que parecia estar se queixando do peso de Jake após tantos anos de abandono. A umidade e o musgo envolviam a escada em uma sensação de decaimento, mas Jake permanecia firme e determinado em sua tarefa.

Seus pensamentos se voltaram para sua irmã Hannah, mantendo a imagem dela em sua mente como uma âncora de esperança e coragem. Ele sabia que enfrentaria desafios, mas estava disposto a tudo para salvá-la.

A escada parecia não ter fim, como se a mina se estendesse para sempre nas entranhas da terra. Mas Jake continuou, cada passo o levando mais perto de seu objetivo e mais fundo nas profundezas desconhecidas e escuras da mina abandonada.

Enquanto Jake continuava a descer pela escada, a sensação de isolamento se intensificava. A escuridão parecia cobrir cada centímetro da mina, envolvendo-o em uma noite eterna. A única fonte de consolo era a batida constante de seu coração e a consciência de que estava fazendo isso para salvar sua irmã e o amigo da mulher que amava.

A umidade do ar fazia sua respiração se condensar, formando pequenas nuvens brancas à medida que ele exalava. A escada enferrujada rangia sob seus passos, o metal frio e áspero causando uma sensação de desconforto em suas mãos. Os poucos sons que ecosavam pela mina eram intensificados pelo silêncio opressor, amplificando seus medos e inseguranças.

A escada parecia interminável, como se estivesse se estendendo até o próprio centro da Terra. Jake sentia seus músculos protestando com o esforço de descer com cuidado e lentidão. Sua mente começou a brincar com ele, criando formas e sombras nas paredes úmidas e cobertas de musgo que o cercavam, transformando as gotas de água em pequenos olhos observando seu progresso.

À medida que se aprofundava na mina, Jake ficou cada vez mais alerta aos seus arredores. Ele não podia deixar que a escuridão e o medo o consumissem, pois precisava estar preparado para qualquer coisa que pudesse encontrar lá embaixo. Seu corpo tremeu, não apenas com o frio, mas também com a tensão e a ansiedade que a missão trazia consigo.