Capítulo 7

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Os olhos de Alexia estavam fixos na estrada escura que se desenrolava diante de si enquanto o carro seguia seu caminho. Seus pensamentos a levaram à sua própria vida, às escolhas que ela havia feito. 

Ela pensou em Richy e na maneira como ela poderia ter evitado sua morte, se tivesse acreditado em suas suspeitas e agido de forma diferente. Se tivesse confrontado Richy e pedido a verdade, talvez pudesse tê-lo impedido ou oferecido ajuda antes que fosse tarde demais.

Agora, no entanto, ela teria que carregar a culpa pela morte dele, uma mancha em sua consciência e em seu currículo que a assombraria.

Enquanto ela se perdia em seus pensamentos, o carro passou por uma lombada, fazendo-a voltar à realidade. Ela se recuperou da noite intensa que vivera e seu foco se voltou para Jake, alguém com quem ela trabalhara incessantemente por meses.

Alexia sabia que não desenvolvera os mesmos sentimentos que Jake tinha por ela, e isso a fazia sentir aliviada. Ela não poderia entregar seu coração a alguém com uma extensa lista de crimes. No entanto, ela queria contar a Jake sobre seus sentimentos indiferentes sem ofendê-lo.

O dia começou a amanhecer, e a luz do sol filtrava-se pelas árvores, revelando a bela paisagem ao redor. O carro chegou à base temporária do FBI, e o agente abriu o camburão e a puxou para fora.

Alexia olhou ao redor, observando uma grande base temporária do FBI, que consistia em várias barracas e veículos, luzes piscando e agentes uniformizados caminhando de um lado para o outro, comunicando-se através de rádios. Um enorme mapa da região estava afixado em um painel de comando, com marcadores indicando locais estratégicos. Uma área de helicópteros foi instalada ao lado da base, com alguns helicópteros prontos para decolar. Cabos de energia e comunicação serpenteavam pelo chão, conectando os diversos postos de comando e equipamentos. O som de rádios e conversas encheu o ar, enquanto a atmosfera de urgência era tangível.

O agente Hamtz, conduziu a jovem Alexia por um corredor estreito e escuro, iluminado apenas por lâmpadas fluorescentes piscando de forma intermitente. A tensão pairava no ar, misturada com a angústia em seu coração, quando ela pensava em Jake, que estava envolvido na investigação.

Eles pararam diante de uma porta robusta, com um letreiro "SALA DE INTERROGATÓRIO" visível em letras pretas.

Hamtz pressionou seu cartão de acesso contra um leitor e a porta se abriu lentamente, revelando uma sala estéril, com paredes brancas desprovidas de decoração e uma mesa de metal no centro.

A sala temporária do FBI, utilizada para interrogatórios de suspeitos, exalava um sentimento de poder e domínio. Duas cadeiras de metal foram dispostas em lados opostos da mesa, com uma grande lâmpada pendurada justamente acima dela, brilhando intensamente sobre as superfícies refletidas.
Hamtz deixou Alexia em silêncio, enquanto a porta se fechava atrás deles com um ruído sombrio. Ele saiu pela porta e retornou momentos depois, segurando uma pasta marrom de ar enigmático. Seu olhar fixo estava voltado para Alexia, que aguardava inquieta ao lado da mesa.

Do outro lado da instalação, Jake chegava à base do FBI, nervoso e preocupado com o que estava por vir. Ele se esforçava para esconder seu medo, pois sabia que poderia ser preso ou morto a qualquer momento.

Sua vida de fugas constantes e seu desejo de nunca se estabelecer em um lugar fixo eram um reflexo do perigo que ele sempre enfrentava. Contudo, sua vida mudou quando conheceu Alexia.

O oficial superior do FBI, Agente Especial John Peterson, liderava a missão de capturar Jake. Ele notou Alexia na sala pelo espelho e ordenou a Jake que ficasse no local, prometendo voltar logo. Peterson, então, ativou o áudio externo sem que Jake percebesse e entrou na sala, pegando a pasta do agente Hamtz e deslizando-a com cuidado até Alexia.

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