Havia algo entre as árvores e quanto mais eu corria para escapar daquele ser, mais o sentia se aproximando.
Era como se nada pudesse me proteger dele.
Mesmo assim, me encolhi entre os arbustos.
Mordi os lábios para evitar que algum soluço escapasse ao ouvir a respiração do animal.
Porém, era tarde demais, ele havia me encontrado.
Apertei as pálpebras e abracei minhas pernas.
"Humano, não fuja de mim."
Usando o resto de coragem que me restava, forcei meu corpo para cima e empurrei minhas pernas.
Voltei a correr sem olhar para trás, tudo estava muito escuro.
"Te pegarei, humano, não importa o quanto corra."
Ouvia sua voz e sentia seu desejo por mim, ele me queria.
Pisei em falso e deslizei na neve, meu corpo girou em direção ao penhasco e gritei por ajuda.
Antes que eu pudesse chegar ao fim da colina, meu corpo ficou suspenso e fui arrastado para cima.
Gritei a plenos pulmões.
"Cale-se, humano. É um ser delicado, continuará se machucando se continuar forçando a garganta."
Ele me soltou perto de uma árvore e agitei a cabeça.
Era impossível aquele animal estar falando comigo.
"Suba", ordenou, se curvando para mim. Neguei. "Suba, ser teimoso", rosnou na minha cara. Apertei os olhos quando as lágrimas voltaram a descer. "Eu não vou te machucar, meu humano. Você é um ser precioso, levarei você para um lugar quentinho."
Senti algo molhado deslizando no meu rosto e reabri os olhos.
Ele roçou sua cabeça na minha e me cheirou.
Seus dentes não pareciam mais assustadores, nem seu tamanho.
Seus pelos eram ásperos e, ao mesmo tempo, macios.
"Venha." Voltou a se curvar e, com dificuldade, me levantei com minhas pernas moles e subi nele.
Pressionei seus pelos entre os dedos para me segurar.
Ele caminhou devagar.
"Não queria te assustar, não fuja mais de mim."
— Como você consegue falar comigo? — Sussurrei.
"Deite-se sobre mim, vai congelar."
Seus pelos eram tão quentinhos que me inclinei sobre ele e fechei os olhos.
Eu havia enlouquecido, pois confiava e falava com um monstro.
— Me leva para casa? — Pedi, percebendo que subíamos a montanha.
"Está muito frio, vai congelar até a Vila." Silenciei-me, pois ele tinha razão. Minhas roupas estavam úmidas e nem seus pelos quentes ajudavam a me esquentar. Entramos em uma caverna e ele se abaixou para que eu descesse. Não esbarrei no chão, pois ele não permitiu, usando seu corpo como apoio. "Tire suas roupas."
— Eu... Eu... — Tremia tanto que não conseguia verbalizar uma palavra.
"Rasgarei se não me obedecer", rosnou.
Diante de suas presas enormes, me despi apressadamente.
Se não morresse entre suas garras e presas, com certeza morreria de frio.
Nu e sob seu olhar feroz, abracei meu corpo.
"Venha." Caminhou pela caverna, que, por estar no alto da montanha, era iluminada pela lua. Deitou-se no fim dela, em um lugar que não tinha tanta neve. "Esquentarei seu corpo, humano."
Obedeci, pois era como se meu cérebro estivesse congelado e eu não conseguisse mais raciocinar.
Deitei-me ao seu lado e ele, com suas patas que agiam como mãos, me puxou para o seu corpo.
Ele era tão quentinho.
— Jimin... — Afastei-me rapidamente ao escutar aquela voz, mas ele empurrou minha cabeça no seu peito e segurou meu traseiro. Os pelos e patas haviam desaparecido e quem me segurava era um homem quente, ali me senti confortável. — Vai congelar, Jimin. — Sua voz era tão hipnotizante que todo o pavor de antes sumiu. — Deseja que eu te esquente, meu predestinado?
Seus lábios roçaram na minha orelha e senti contrações onde não devia.
As contrações aumentaram quando ele enfiou suas mãos nas minhas nádegas e as apertou, forçando nossas virilhas.
Gemi sem controle ao sentir seu sexo duro contra o meu.
Seus dedos percorreram minhas nádegas e foram direto pro meu cu.
Empurrei meus grunhidos no seu peito largo quando ele brincou com a ponta dos dedos na minha entrada.
— Meu humano, você é meu. — Mordeu minha orelha.
— Sim! — Balbuciei, entre gemidos de luxúria.
— Goze, Jimin. Goze. — Ordenou e me apertei mais nele, pressionando nossos paus.
Soltei gritinhos roucos quando ele meteu o dedo no meu ânus e começou a me tesourar.
Era tão gostoso que todo o frio havia sido substituído pelo desejo de gozar.
Ele puxou minhas pernas para cima e as fez enrolar na sua virilha, me deixando todo aberto e ainda mais pressionado no seu sexo...
— Goze, humano, goze para mim...
— Jimin... JIMIN? Acorde... — Dei um pulo na cama nervosamente ao ver a minha melhor amiga sorrindo. — Tendo sonhos pervertidos? — Joguei o travesseiro no meu rosto, ainda sonolento. Não era um sonho, era um pesadelo terrível. Era tudo culpa desse lugar horrível onde eu morava e dessas pessoas estranhas. — Vamos, Sebum está chamando.
Bufei.
Eu precisava fugir desse lugar.
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Predestined for Human (Livro 3)
FanfictionJungKook espera pelo seu predestinado desde os 17 anos. Finalmente o encontrou. Agora, vive dividido entre dois sentimentos: arrancar a cabeça do irritante humano ou arrastá-lo para sua cabana e marcá-lo como seu.