Predestined for Human (Livro 3)

Capítulo 6

JIMIN

Queria chorar ao ver a cabana.

Era tão linda, pequena, limpa e estruturada.

Tinha um pouco de medo por ser distante da cidade, confesso que morar no bar me trazia segurança.

Se ele aparecesse, haveria alguém para pedir ajuda.

Mas sei que, se eu continuasse naquele pequeno cômodo, adoeceríamos, tanto eu quanto o bebê.

E, ao ver a cabana, simplesmente me apaixonei.

— Você vai alugar com tudo? — Perguntei, incrédulo, para Luna.

Estava toda mobiliada, tinha sofá, utensílios de cozinha, cama...

Até alimento nos armários.

— Não vou te alugar, Jimin. Você pode ficar o tempo que desejar nela. — Arregalei os olhos, sem acreditar. — Ela foi construída quando decidi trabalhar no bar. Meu líder achou que seria mais seguro eu morar mais perto da cidade e ainda dentro da reserva. Por isso, construíram essa cabana no fim da reserva. Morei nela por um tempo, mas acabei conhecendo meu companheiro e nos casamos. Depois, veio a nossa menininha e decidimos viver com nossas famílias. Os alimentos do armário estão todos na data de validade, viu? Nos fins de semana, gostava de vir pra cá, por isso sempre os deixo abastecidos. Não é, meu lobinho lindo? — Ela apelidou meu filho de lobinho, dizendo que parecia um lobo.

Só ri, pois o bebê gostava do seu colo.

— Não sei nem como agradecer, Luna. Sério. Estou em choque. — Respirei fundo, tentando não chorar na frente dela.

— Se você quiser, podemos pegar suas coisas no bar. Estou com a caminhonete, é rápido.

— Eu já posso ficar nela? — Ela acenou que sim, e meu único gesto foi abraçá-la. — Obrigado. Prometo que vou cuidar muito bem de tudo.

— Eu sei que vai.

Fomos buscar minhas duas mochilas e o berço do Ian, pois Heejin disse que eu poderia levar.

Minha felicidade não se continha no peito.

Luna me explicou como a casa funcionava e disse que eu não precisava ter medo se aparecessem alguns lobos, pois a região era cheia de lobos.

Assim que ficamos sozinhos na casa, abracei meu filho e deixei algumas lágrimas descerem.

— Agora sim é o nosso recomeço, Ian. Somente nosso. — Meu bebê tocou meu rosto e seus olhos azuis brilharam.

Animado e esperançoso, abri todas as cortinas.

Era uma casa linda, iluminada e tão aconchegante.

Tudo era feito de uma madeira amarelada e brilhante que refletia os raios do sol, que atravessavam os pinheiros e entravam na cabana.

— Que tal ficar aqui enquanto preparo seu leitinho? — Ajeitei um travesseiro e coloquei Ian deitado na frente da parede de vidro, deixando-o apreciar a vista da parte de fora da casa. — Quem sabe apareça um passarinho para você ver...

Ele mexeu os dedinhos rindo.

Parecia mais tranquilo, como se aos poucos esquecesse sua mãe ou aquele monstro.

Miran e Sebum... só de pensar neles, meu coração apertava pelo que pode ter acontecido com ela e meu corpo estremecia com a possibilidade de ele nos encontrar.

Suspirei sabendo que não podia continuar fugindo, pois meu dinheiro havia acabado e Ian precisava de um lar.

O jeito era confiar que nos escondemos bem o suficiente para não sermos encontrados.