Predestined for Human (Livro 3)

Capítulo 18

JUNGKOOK 

Ele estava apavorado, com muitas informações e pouca compreensão de tudo que aconteceu.

Amava meus pais, mas não queria que eles tratassem meu companheiro dessa forma.

Estavam jogando informações, enquanto meu humano apenas balançava a cabeça negando.

Tenho certeza de que, em sua cabeça, ele pensava que todos haviam enlouquecido.

O feiticeiro havia feito um curativo para deter o sangramento e me levaram para o quarto.

— Saiam, me deixem com ele. — Pedi com a voz fraca, sentindo muita dor. 

— JungKook? — Meus pais estavam apavorados, mas minha única preocupação era o humano que só chorava e sussurrava coisas desconexas.

— Saiam, por favor. — Suspiraram e saíram juntos.

A porta foi trancada e Jimin correu para mim.

— Vamos para o hospital. Sua família é insana. Você precisa de um hospital. — Segurou minhas mãos, ele tremia e chorava. — Disseram que Ian também é um lobo.

— Me desculpe por ter mentido em todos os momentos em que lhe disse que você era meu predestinado. Eu deveria ter dito que era metade humano e metade lobo. Nós lobos nascemos com um predestinado e você é o meu. Eu me atrapalhei, pois não é normal termos predestinados humanos. Às vezes, temos vampiros....

— Vampiros... — Ele gargalhou. — Se você não estivesse sangrando, juro que arrancaria seus cabelos para parar de falar essas coisas... — Ele pôs as mãos na cabeça, totalmente desesperado. — Ian, meu bebezinho, um lobo.

— Somos conhecidos como lendas para vocês humanos, mas existimos, Jimin. Você viu, como pode negar algo que viu? — Enxuguei sua bochecha, ele não parava de chorar um segundo. — Sempre me senti bastante ofendido por você preferir minha forma lupina à minha humana. — Ele baixou a cabeça e descansou no meu peito, estava desesperado e confuso. — Nem vou falar das várias vezes que xingou minha forma humana para o lobo. E me chamar de cachorro foi me ofender demais.

— JungKook, cale-se.

— Na primeira vez que me deixou entrar na sua casa, estava triste. Ali percebi que não podia forçá-lo a nada, precisava conquistá-lo e mostrar que te amava de outra forma, que ambos precisávamos um do outro. — Acariciei seus cabelos enquanto ele escondia os olhos de mim. — Venha aqui. — Como se ele fosse o único machucado, o forcei a se deitar comigo e guardei sua cabeça no meu peito. — Eu não vivo sem você e você também não devia viver sem mim, mas você é humano, então não sei bem como a ligação acontece... Eu me apaixonei por você. É teimoso, prepotente e arrogante.

Fungou e segurou minha mão com força.

— Mas eu me apaixonei e empurrei a verdade para frente, eu ia contar, até porque não tinha como fugir dessa informação. Eu só sabia que você piraria e era normal. Além disso, não sabia que seu noivo era o meu irmão. — Beijei seus cabelos.

— Seu irmão? Você o conhece? — Estremeci de dor quando ele se moveu. — Me desculpa, isso não é hora para conversarmos. Você precisa ir para o hospital.

— A dor deixa a minha parte humana fraca. A chance de me tornar um lobo em uma cama de hospital é grande. Além disso, eles não podem fazer nada por mim... Só você pode, meu humano, mas não lhe forçarei.

— Seu pai disse que você morrerá se não fizer essa ligação. — Nos olhamos e enxuguei sua bochecha.

— Não importa o que meu pai falou, você não é obrigado. Nenhum ser é obrigado a fazer a ligação, Jimin.

Não importava se isso significava o meu fim ou o sofrimento dos meus pais.

Ele voltou a deitar sua cabeça nos meus braços e ficou quietinho, seu coração batia tão forte que parecia querer sair do peito.

Tinha medo de tudo que ouviu e medo de me perder, mas estava assustado demais.