Predestined for Human (Livro 3)

Capítulo 16

JUNGKOOK

Eu estava tão apaixonado e envolvido com Jimin que não notei os lobos se aproximando.

Quando senti seus cheiros, era tarde demais para fugir, pois a segurança do meu predestinado era mais importante.

Além disso, achei que estivesse louco ao escutar os lobos, ao escutar seus pensamentos, senti a raiva de todos e, como um livro aberto, vi tudo o que eles planejavam, antes mesmo de os ver ou saber quem eram.

Tudo fazia sentido.

Diante daqueles lobos brancos, descobri quem era Miran, Ian e principalmente porque Jimin era tão importante para eles.

— Irmãos? — Disse para os três lobos. — Os matarei se me atacarem. — Eles me rodeavam. — Sebum, você é meu irmão de sangue. — Rosnei enfurecido com aquela afirmação. — Consigo ler suas mentes, fuja enquanto tem tempo, não quero machucá-los. — Não me deram ouvidos, continuaram me farejando. — Ele é meu, Sebum. Casar-se com ele não mudaria o fato de que você nunca será o alfa. Isso é impossível, pois estou vivo e Jimin e Ian são meus. O lobo escolheu-o como filho e ninguém, nem mesmo você, pai de sangue, tomará aquela criança de nós.

Rosnaram e, antes que pudessem vir para cima de mim, corri para distante da casa, pois não queria destruir o lar do meu predestinado.

Ao pular para fora, já havia transmutado em lobo, eles recuaram.

Eu era maior que os três e havia nossa ligação.

Não importava de onde vieram ou quais eram seus planos, seus lobos sentiam o poder do seu alfa e desejavam se curvar a mim.

Sacudi meu corpo e dei passos para frente, os dois lobos olharam para meu irmão como se quisessem desistir, mas aquele ser uivou e rosnou para os outros, os comandando.

Mesmo amedrontados, os dois lobos avançaram em mim e os enfrentei, não queria matá-los, sentia seus medos, dúvidas e receios.

Caí no chão ao ser atacado pelos dois, um partiu para meu pescoço e o outro tentou me derrubar com suas garras.

Para me defender, mordi o pescoço de um dos lobos, que cambaleou para trás, chorando de dor.

Enfiei minhas garras na barriga do outro e ele uivou, caindo por cima de mim.

Empurrei-o para longe e me levantei, sem tirar os olhos do líder, que em nenhum momento tentou ajudar seus irmãos.

Avancei, pois o lobo estava enfurecido, cheio de ódio e querendo sangue por aquele ser que queria nos tirar nossa família.

Quando pulei em direção ao lobo, ele não esperava minhas ações e caiu no chão.

Rosnei em sua cara, ele era um tolo por achar que poderia me deter, por fazer seus irmãos se sacrificarem em uma luta que jamais ganharia. Mataria esse ser desprezível...

— Irmão? — Embaixo de mim, ele transmutou-se em homem. — Me perdoe, não me mate. Eu te suplico. — Seu pedido me desequilibrou e ele se aproveitou disso, sorriu. Seu sorriso veio com suas garras enfiadas na minha barriga, uivei de dor enquanto ele deslizava as garras por todo o meu peito. — Fraco, nunca será meu alfa.

Ele voltou a ser lobo, mas antes de me atacar, ouvi uivos se aproximando, era meu pai, era minha alcateia.

Ele olhou para mim e considerou se deveria aproveitar e me matar logo ou fugir.

Os uivos se aproximaram e ele decidiu fugir.

Voltei a ser homem e só não caí no chão porque meu pai me segurou nos braços.