Cap 18 - Provocações e Fugas

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Sabe aquela sensação de que sua vida estava indo bem até você fazer uma idiotice? Essa sou eu, tentando esquecer aquela noite na festa. Não sei o que foi pior: beber demais ou, pior ainda, beijar o Renato Garcia. Toda vez que me lembro, sinto um arrepio de vergonha. E agora, cada vez que fecho os olhos, flashes daquela noite voltam, como um pesadelo constante.

Desde então, me prometi uma coisa: evitar Renato. Era a única saída para manter o pouco de dignidade que me restava. Ele não estuda na minha escola, o que deveria facilitar as coisas, certo? Errado. Parece que ele sempre sabe onde eu estou. É como se ele tivesse um radar de "onde irritar a Maya".

Naquela tarde, estava saindo da escola com Luca e Matheo. O dia tinha sido normal, sem grandes dramas, o que para mim já era uma vitória. Mas é claro que a tranquilidade não ia durar muito. Enquanto caminhávamos em direção ao portão, o inconfundível vulto de Renato surgiu, encostado em uma moto na calçada. O típico estilo dele: braços cruzados, jaqueta de couro e aquele sorriso convencido no rosto.

Meu coração deu um pulo. Não, não, não... pensei. Eu sabia o que ele queria. Era óbvio. Ele sempre aparecia do nada, como se estivesse à espreita, só esperando a oportunidade perfeita para me provocar.

Eu olhei para o lado, tentando disfarçar.

— A gente vai pro café? — sugeri, torcendo para que Luca e Matheo me seguissem sem questionar.

— Não, tô cansado, vou direto pra casa — Luca respondeu, sem perceber meu desconforto.

Ótimo, pensei. Eu estava sem saída.

Antes que eu pudesse planejar uma rota de fuga, ouvi a voz de Renato, carregada daquele tom sarcástico que ele sempre usava comigo.

— Vai fugir de mim de novo, Maya?

Meu coração disparou, e uma onda de raiva misturada com nervosismo me atingiu. Ele realmente aparecia em todos os lugares. O que ele queria agora? Eu não tinha energia para lidar com isso. Respirei fundo, tentando parecer calma.

— Não tenho tempo pra isso, Renato — disse, sem nem olhar pra ele.

Claro que isso não o deteve. Ele se aproximou como se fosse dono do espaço.

— Ah, mas eu tenho tempo de sobra — ele respondeu, com um sorriso que me fazia querer gritar. — Ou você tá com medo de lembrar da nossa última noite juntos?

Eu parei. O sangue subiu para o meu rosto e, antes que eu pudesse controlar, a raiva tomou conta. Ele estava se referindo àquela noite, ao beijo, ao fato de que ele me levou embora da festa como se eu fosse problema dele. Esse cara tem que parar!

— Não aconteceu nada naquela noite, e você sabe disso, Renato! — retruquei, firme, mas não tão fria quanto queria.

Ele riu. Uma risada baixa, que me fez sentir um misto de ódio e nervosismo. — Depende de como você vê as coisas. Achei que você tinha gostado... pelo menos do beijo.

Senti minhas bochechas queimarem, o que só o divertiu mais. Por que eu não consigo esconder o que sinto? Eu odiava o jeito que ele sabia exatamente como me irritar. Cada palavra que ele soltava parecia calculada para me deixar desconfortável.

— Já falei que não significou nada — retruquei, cruzando os braços. O que mais eu poderia fazer? Ele não ia simplesmente parar.

Renato deu de ombros, fingindo desinteresse, mas eu sabia que ele adorava me ver irritada. — Certo, certo... Mas, se não significou nada, por que tá tão vermelha? — Ele ergueu uma sobrancelha, provocando.

Eu quis gritar. Idiota! Eu precisava de uma saída rápida. Olhei para Luca e Matheo, que estavam claramente desconfortáveis com a situação. Os dois trocaram olhares, como se não quisessem se meter, mas estavam ali, observando tudo.

— Vamos embora — disse, dando as costas para Renato e puxando os meninos para o outro lado da rua. Mas, claro, ele não ia me deixar escapar tão fácil.

— Ei, Maya! — Ele chamou, agora mais perto. Senti sua mão tocar de leve meu braço, e, involuntariamente, me virei para ele. — Você não pode simplesmente fugir de mim pra sempre.

— Posso tentar — murmurei, com um sorriso forçado.

Renato me encarou, os olhos escuros cheios de desafio. Por um momento, parecia que ele estava prestes a dizer algo sério, mas, em vez disso, ele só balançou a cabeça e riu novamente.

— Um dia você vai parar de correr, Maya. E quando esse dia chegar, vai lembrar dessa conversa.

Eu revirei os olhos, tentando não demonstrar o quanto aquelas palavras me atingiram. Eu não corro. Eu só... me afasto.

Sem dizer mais nada, virei-me de vez e segui andando, com Luca e Matheo me acompanhando. O silêncio deles me dizia tudo — eles sabiam que eu estava abalada, mas eram inteligentes o suficiente para não comentar.

Enquanto nos afastávamos, eu podia sentir os olhos de Renato nas minhas costas, como se ele ainda estivesse me observando, me analisando. E a pior parte? No fundo, eu sabia que ele estava certo. Eu não podia evitar ele para sempre. Mas não ia deixar que ele soubesse disso.

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CAPÍTULO NOVOOO SAINDO DIRETO DO FORNINHOOO

Eai? Será que a Maya vai se livrar fácil do reh??

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Me Apaixonei Por Um Gangster - 𝗥𝗲𝗻𝗮𝘁𝗼 𝗚𝗮𝗿𝗰𝗶𝗮 (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora