A noite na Ilha era tranquila, com a cidade iluminada por uma infinidade de luzes que refletiam no mar. A maioria dos funcionários já havia ido para casa, mas Iberê decidiu ficar um pouco mais na agência para ajudar Mavi com alguns projetos que precisavam de atenção especial. Ele sabia que Mavi costumava trabalhar até tarde, e a ideia de passar mais tempo ao lado dele era irresistível.
Iberê organizou alguns documentos na mesa enquanto esperava por Mavi. A atmosfera estava silenciosa, apenas o som do teclado e o ocasional zumbido das luzes fluorescentes preenchiam o espaço. Quando finalmente ouviu os passos de Mavi se aproximando, seu coração disparou.
Mavi entrou na sala com uma garrafa de vinho tinto e dois copos. "Achei que poderíamos nos dar um agrado enquanto trabalhamos," ele disse com um sorriso cúmplice. "O que acha?"
"Perfeito," respondeu Iberê, tentando esconder a empolgação na voz. Ele sempre admirou a maneira como Mavi trazia leveza até mesmo nos momentos mais tensos.
Mavi serviu os copos e brindaram. "Ao trabalho duro!" ele exclamou, os olhos brilhando com um entusiasmo contagiante. Iberê sentiu um calor subir pelo rosto ao olhar nos olhos de Mavi, percebendo o quanto aquele momento era especial.
Conforme as taças se esvaziavam, a conversa fluiu naturalmente entre eles. Falar sobre projetos logo se transformou em histórias pessoais e risadas compartilhadas. A tensão no ar começou a mudar; havia algo diferente naquela noite, algo palpável que pairava entre eles.
Mavi se inclinou para frente, seus olhos fixos em Iberê com uma intensidade que fez o estômago do rapaz revirar. "Sabe, às vezes eu me pergunto como você consegue ser tão dedicado a tudo isso," ele disse, sua voz baixa e envolvente. "Você realmente tem um talento incrível."
Iberê sentiu as bochechas esquentarem enquanto tentava encontrar as palavras certas. "Eu só quero fazer meu melhor," murmurou, desviando o olhar por um instante antes de voltar a encontrar os olhos de Mavi.
Os dois permaneceram em silêncio por um momento, como se o mundo ao redor tivesse desaparecido e restasse apenas aquela conexão inexplicável entre eles. O cheiro do vinho misturava-se ao perfume sutil de Mavi, criando uma atmosfera quase mágica.
"Você sabe," Mavi começou, seu tom sincero e provocador ao mesmo tempo, "é fácil se perder em um mundo cheio de distrações. Mas ter alguém como você ao meu lado torna tudo mais interessante."
Aquelas palavras ecoaram na mente de Iberê como uma música suave. Ele sentiu uma onda de coragem tomando conta dele e decidiu dar um passo à frente. "Mavi… eu…"
Mas antes que pudesse terminar a frase, Mavi se aproximou ainda mais, seus rostos tão próximos que Iberê podia sentir a respiração dele. Era como se tudo ao redor tivesse desaparecido e restasse apenas aquele momento.
"Às vezes," Mavi sussurrou, "a gente precisa arriscar." E com isso, ele inclinou-se ligeiramente para frente.
Iberê sentiu seu coração acelerar ainda mais enquanto tudo parecia congelar por um instante. A mistura de nervosismo e desejo preenchia o ar entre eles — era o momento que ele tanto esperava, mas ao mesmo tempo temia.
Com a coragem crescendo dentro dele, Iberê fechou os olhos e deu um passo à frente quase encostando seus lábios na boca do patrão. No entanto, antes que pudessem se tocar, uma mensagem no celular de Mavi interrompeu aquele instante mágico. Ambos recuaram rapidamente, rindo nervosamente enquanto a realidade voltava a invadir o pequeno universo que haviam criado.
Mavi olhou para o celular e suspirou. "Parece que nosso trabalho não acabou ainda," disse ele com um sorriso meio desapontado.
"É… parece que não," concordou Iberê, sentindo a mistura de alívio e frustração em seu peito.
Mas agora havia algo diferente entre eles — uma nova camada de intimidade que havia sido revelada naquela noite mágica na agência. E embora tivessem voltado à realidade do trabalho, ambos sabiam que aquela tensão não desapareceria tão facilmente; ela ficaria pairando no ar até que estivessem prontos para finalmente desvendar seus sentimentos um pelo outro.
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CASO SÉRIO (Spin-Off: Mania De Você)
Fiksi PenggemarA boca dele estava tão próxima que era inevitável o outro não sentir o cheiro de álcool. Então já sem receios ele se rendeu aos desejos.