Minha ferramenta de auto tortura é sorrir todas as vezes que tenho sua resposta, como se conversas paralelas realmente me interessassem. Mas a sua me interessa e eu nem penso duas vezes antes de responder você de volta.
Te tenho por alguns minutos, ouço seus elogios, sinto um pouco de devoção. Do nada tudo isso parece mentira, novamente sou ignorada sem explicação. Me auto torturo novamente tentando entender essa situação.O tarot já cansou das perguntas repentinas que faço sobre você. Se ele fosse vivo, certamente iria me bater, iria gritar comigo, diria que sou louca, que seu amor é puro tesão bandido. Mas eu nem ligo! Te quero comigo, te desejo ardente, latente e doentio. Te quero outra vez, sorrir contigo outra vez, beijar tua boca outra vez, fazer da nossa troca uma rotina de lei.
Você me inventa desculpas idiotas, some outra vez, reaparece quando aceito que não te tenho, que não te quero e me ascende fazendo com que eu me perca da mim solidez.
Suas mãos estão no interruptor, controlando minha obsessão tal quanto controlamos a luz. Me desliga feito nada, me florence com esse jeitinho que sabe bem que me seduz. Me coloca em suas mãos, me manipula feito marionete, se diverte, se cansa e repete. Me mantenho nesse jogo onde nunca digo não.Tudo isso porque quero sorrir contigo outra vez, beijar sua boca outra vez, fazer da nossa troca uma rotina de lei. Mas sua dúvida é incapaz de apertar o botão de replay. Não espere que eu me canse, que saia desse meu transe e reconheça toda essa minha insensatez.