𝖽𝗈𝗂𝗌

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🐟    CAPÍTULO DOIS::
❛ EU AMO VOCÊS ❜

PHOENIX ABERNATHY POV—————————————————

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PHOENIX ABERNATHY POV
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Sinto o mundo girar ao meu redor. Minha visão se torna turva e por um instante, o som da multidão parece desaparecer. A única coisa que ouço é meu próprio coração, batendo furiosamente em meus ouvidos. As pessoas ao meu redor se viram para me olhar, mas é como se eu estivesse presa em um pesadelo, incapaz de me mover ou reagir.

De algum modo, minhas pernas se movem. Vejo a expressão de pânico no rosto de Magnólia, e a expressão de impotência em minha tia, que leva a mão à boca em horror. Cada passo parece pesado, como se estivesse caminhando através de um mar de areia movediça.

Chego ao palco e Winterlin me recebe com um sorriso exagerado. Ela segura minha mão, levantando-a para o público, enquanto eu tento controlar a tremedeira que percorre meu corpo. O calor do sol é opressivo, e o peso da situação começa a me sufocar.

— Que honra! Nossa tributo feminina, Phoenix Abernathy! — Flora proclama, com entusiasmo artificial.

Meu olhar vaga pela multidão, buscando desesperadamente um ponto de ancoragem, algo que me mantenha firme diante do turbilhão de emoções. Vejo rostos conhecidos, amigos de infância, vizinhos, todos com expressões de compaixão e medo.

— E agora, o tributo masculino! — Flora anuncia, dirigindo-se ao globo com os nomes dos garotos.

Ela repete o processo, mergulhando a mão no globo e retirando um papel. Cada segundo parece uma eternidade enquanto ela abre o papel e lê o nome.

— Dayan Martins!

Um suspiro coletivo atravessa a multidão. Um grito alto e estridente ecoa. Um garoto, uma criança. Ele caminha em direção ao palco, aquela que acredito ser a sua mãe caí no chão em prantos. Seus olhos encontram os meus por um breve momento, e vejo algo ali — medo, puro medo.

Ele se posiciona ao meu lado, e Flora nos faz virar para a multidão uma última vez, antes de sermos levados para fora do palco, para uma pequena sala nos fundos onde teremos alguns momentos para nos despedir de nossas famílias.

Minha tia e Magnólia entram primeiro. Lia corre até mim, abraçando-me com tanta força que quase perco o equilíbrio. As lágrimas silenciosas em seu rosto me partem o coração.

— Promete que vai voltar, Nixy. Promete! — ela implora, a voz quebrada pelo choro.

Meus olhos se fecham com força. Eu não conseguiria vencer. A competição estará muito além das minhas habilidades.  Minhas chances são quase nulas. Existem garotos e garotas que veem os jogos como algo admirável, onde ganhar é uma honra. Eles treinam durante toda a sua vida para esse momento.

𝐁𝐑𝐔𝐓𝐀𝐋, ᶜᵃᵗᵒ ʰᵃᵈˡᵉʸOnde histórias criam vida. Descubra agora