𝗎𝗆

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🐟    CAPÍTULO UM::
❛ A COLHEITA ❜

PHOENIX ABERNATHY POV—————————————————

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PHOENIX ABERNATHY POV
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A areia morna se estende à minha frente, o som suave das ondas sussurra segredos ao vento, enquanto meu olhar se perde no horizonte, onde o céu se encontra com o mar. A brisa acaricia meus cabelos soltos, o sol lança seus primeiros raios dourados sobre a paisagem silenciosa, criando uma atmosfera de tranquilidade que me convida a apreciar a solidão serena desta praia que em dias normais é cheia, mas não hoje, não no dia da colheita.

Com os pés descalços afundados na areia fofa, meu olhar é atraído irresistivelmente pelo mar cintilante. As ondas dançam em convite, suas carícias audíveis me chamando para a imensidão azul. Meus dedos tocam a superfície fresca, mas o mergulho desejado é interrompido, a responsabilidade me lembra que é hora de voltar para casa.

Olho uma última vez para as ondas tentadoras, consciente de que o dever espera por mim além da linha costeira. Com um suspiro relutante, viro as costas para o oceano, sabendo que a praia deserta será um refúgio esperando por meu retorno, se eu retornar.

Ao me afastar da praia, contemplo as ruas praticamente desertas, uma condição não surpreendente, pois inúmeras famílias dedicam o período anterior à colheita para desfrutar de momentos preciosos com seus entes queridos, cientes de que talvez eles não retornem.

Com poucos minutos de caminhada finalmente chego ao meu destino, observo a casa à minha frente, não tão grande mas também não muito pequena, caminho em sua direção, passando pelo pequeno deque de entrada e entrando na casa.

— Nixy! — a voz doce de Magnólia invade meus ouvidos, olho para a frente e percebo a pequena garota descendo as escadas apressada. — Onde esteve? Precisa se arrumar! — me agarrando pelo braço, ela me puxa escada acima.

Não atrevo-me a dizer uma palavra, pois sei que ela não vai gostar de saber que eu estava na praia. Magnólia passou a não gostar nada da praia, ou até mesmo de lugares onde a água era funda, depois de um certo incidente.

— Phoenix, querida, onde esteve? — minha tia pergunta assim que adentramos o quarto que eu e Magnólia compartilhávamos. Ela já estava arrumada, seus lindos cabelos loiros presos em um coque trançado, em suas mãos pude ver um vestido branco, provavelmente o meu.

— Estava apenas caminhando, tia. Tentando não pensar muito na colheita. — com minha fala pude sentir Lia, que ainda segurava meu braço, estremecer.

Era o primeiro ano dela na colheita, o medo e a ansiedade a percorriam por inteiro. Lembro-me da noite passada, quando tive que acalmá-la depois de um pesadelo onde ela havia sido sorteada, apenas disse que estava tudo bem, suas chances eram mínimas.

— Bem, vista-se para que eu possa arrumar seu cabelo. — minha tia manda. — E, por favor, arrume o de Magnólia, ela se recusa que eu o arrume, insiste que seja você.

𝐁𝐑𝐔𝐓𝐀𝐋, ᶜᵃᵗᵒ ʰᵃᵈˡᵉʸOnde histórias criam vida. Descubra agora