𝖢𝖺𝗉𝗂́𝗍𝗎𝗅𝗈 𝟣𝟣-"A visita inesperada"

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O sol da manhã se infiltrava pelas janelas da casa de Sirius e Remus, iluminando os aposentos com uma luz suave. Cecy, agora com 7 anos, corria animada pelos corredores, sua risada infantil ecoando pela casa. Era uma quarta-feira, um dia em que ela ficava sob os cuidados de seus tios enquanto Severus estava ocupado em Hogwarts.

Sirius e Remus observavam a menina enquanto preparavam o café da manhã na cozinha. Sirius, sempre brincalhão, fez uma careta para Cecy, que estourou em gargalhadas. Remus sorriu, colocando a jarra de suco de abóbora sobre a mesa.

— Sabe, Sirius, ela traz uma vida diferente para esta casa. — comentou Remus, com um olhar afetuoso.

— Sim, traz... — respondeu Sirius, com um sorriso. — É difícil imaginar que ela é filha do Snape, com tanta energia e alegria.

Cecy, ouvindo a conversa, parou na porta da cozinha e cruzou os braços, com uma expressão divertida.

— Meu papai também sorri... às vezes. — comentou ela, num tom de voz suave, mas firme.

Sirius e Remus trocaram um olhar, antes de rirem. Era verdade, embora o lado severo de Severus fosse o que mais conheciam, sabiam que, com Cecy, ele era diferente.

Durante o dia, Cecy se divertiu com seus tios, explorando os jardins e ajudando Remus a cuidar de algumas plantas mágicas. Em um momento, Sirius lhe contou histórias sobre os tempos em que ele, Remus e seus amigos eram jovens, em Hogwarts. Cecy adorava ouvir essas histórias, sempre curiosa sobre o passado de seu pai e de seus tios.

Mais tarde, enquanto Cecy estava distraída com um livro de feitiços básico, o som de batidas na porta ecoou pela casa. Sirius foi atender, e sua expressão se suavizou ao ver quem estava ali.

— Dumbledore, Minerva, entrem — disse Sirius, abrindo espaço para que os dois professores entrassem na casa.

Remus levantou a cabeça, surpreso com a visita inesperada. Cecy também olhou curiosa para os visitantes, mas Remus a acalmou com um sorriso, dizendo que ela deveria continuar a ler seu livro por enquanto.

Na sala de estar, Dumbledore e Minerva sentaram-se de frente para Sirius e Remus, trocando olhares sérios antes de Dumbledore falar:

— Viemos discutir uma questão delicada sobre Cecília. — começou Dumbledore, sua voz suave. — Sabemos que ela tem passado bastante tempo com Severus em Hogwarts, e percebemos que, mesmo com sua pouca idade, ela demonstra um entendimento incomum em algumas áreas.

Minerva assentiu, com um ar de aprovação no olhar.

— Ela já aprendeu feitiços básicos com uma precisão que não se espera para uma criança de sua idade. Além disso, seu interesse por poções é evidente. Estamos considerando permitir que ela participe de algumas aulas introdutórias em Hogwarts, ainda que de forma não oficial — explicou Minerva.

Sirius ergueu as sobrancelhas, surpreso, enquanto Remus olhava pensativo. Dumbledore continuou:

— Com a supervisão de Severus e com a permissão de vocês, ela poderia começar a ajudar nas aulas de poções e participar das aulas de feitiços de primeiro ano. Seria uma forma de estimular sua mente sem afastá-la do ambiente que já lhe é familiar.

Sirius cruzou os braços, lançando um olhar questionador para Remus, que apenas balançou a cabeça em concordância.

— Isso é uma grande responsabilidade para uma menina tão pequena, não acha, Dumbledore? — disse Sirius, ainda um pouco cético.

Dumbledore sorriu, com aquele brilho enigmático em seus olhos.

— De fato, Sirius. Mas Cecília tem demonstrado que está à altura dessa responsabilidade. Ela carrega em si uma determinação notável, que não podemos ignorar.

Minerva acrescentou com um tom mais suave:

— Além disso, sendo tão próxima de Severus, ela já se sente em casa em Hogwarts. Isso poderia ser uma forma de manter o laço com o pai, enquanto também nutre seu potencial.

Remus, após alguns instantes de reflexão, suspirou e olhou para Sirius.

— Talvez seja uma oportunidade única para ela, Sirius. Ela não é uma criança comum.

Sirius, relutante, finalmente cedeu.

— Tudo bem, mas queremos que Severus esteja ciente de que ela ainda precisa de tempo para ser uma criança... e que a responsabilidade não a sobrecarregue.

Dumbledore assentiu, com um sorriso compreensivo.

— Faremos o possível para que isso aconteça. Agradecemos pela confiança.

Enquanto Cecy observava a conversa de longe, ela não compreendia todos os detalhes, mas algo dentro dela se encheu de expectativa. Sem saber, ela estava prestes a dar os primeiros passos para uma jornada que a colocaria lado a lado com seu pai em Hogwarts.

A  Princesinha Da Sonserina (O Diário de Cecilia Snape)Onde histórias criam vida. Descubra agora