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No dia seguinte, Harry apareceu de novo no apartamento. Charlotte estava sentada no sofá, ainda atordoada pelos eventos da noite anterior. Quando ele entrou, o ambiente ficou imediatamente tenso. Ele fechou a porta com um pouco mais de força do que o necessário e se aproximou dela com um semblante frio e decidido.
No dia seguinte, Harry apareceu de novo no apartamento. Charlotte estava sentada no sofá. Ele fechou a porta com um pouco mais de força do que o necessário e se aproximou dela com um semblante frio e decidido.

— Esse apartamento é tão meu quanto seu, Charlotte. Não vou sair daqui. – Sua voz estava firme, quase desafiadora.

Charlotte olhou para ele, Ela não tinha forças para argumentar. Não naquele momento.

— Eu não quero brigar — continuou Harry, agora com um tom mais calmo. — Mas se você não consegue aceitar o fato de que eu tenho que sair pro trabalho, que meu horário é assim, não tem como isso funcionar.

Charlotte o encarou, o coração acelerado de indignação. Ela sabia que ele não estava saindo apenas para trabalhar. Havia uma mulher, e ele nem fazia questão de esconder.

— Não acha que eu já sei o que você faz quando sai? — Charlotte disse, a voz baixa, mas cheia de amargura. — Acha que eu sou burra?

Harry revirou os olhos, como se a acusação fosse cansativa.

— Se você continuar assim, eu não vou assumir essa criança — ele disse, sua voz gelada, cada palavra cortando como uma lâmina. — Não vou ficar preso numa vida onde você controla cada movimento meu.

Charlotte sentiu o sangue ferver nas veias. Ele estava usando o bebê contra ela, e isso era imperdoável.

— Você realmente acha que tem o direito de falar isso? — ela disse, sentindo a raiva borbulhando. — Você está traindo o nosso casamento! E agora quer me culpar? Culpar o bebê?

Harry a interrompeu com uma risada sarcástica e amarga.

— Sabe o que eu acho? — ele começou, os olhos estreitados, cravando nela. — Se essa criança fosse de um dos Menendez, você não estaria tão deprimida. Você estaria lá, toda feliz, apoiando eles, como sempre fez.

A menção dos irmãos Menendez a atingiu em cheio. Charlotte sentiu uma onda de choque atravessar seu corpo. Como ele podia dizer isso?

— Não ouse colocar os Menendez nessa conversa! — Charlotte gritou, se levantando do sofá, o olhar fulminante. — Não tem nada a ver com eles. Esse bebê é seu, Harry! E você deveria ter vergonha de falar isso.

— Vergonha? — ele riu de novo, debochado. — Eu não vou ser o pai de uma criança se a mãe dela só vive pensando em dois assassinos.

Charlotte sentiu o mundo ao seu redor desmoronar. Ela estava em um relacionamento tóxico, grávida de um homem que não a respeitava e que ainda por cima jogava os sentimentos dela pelos irmãos Menendez em sua cara.

Você não faz ideia do que está falando — ela disse, a voz trêmula, mas cheia de determinação. — E quer saber, Harry?

Harry parou na porta, olhando para Charlotte com um sorriso debochado nos lábios, claramente tentando provocá-la ainda mais.

— Ah, então é isso, né? — ele falou, a voz cheia de veneno. — Tá nervosinha pra ver os meninos saírem, não é? — Ele cruzou os braços, o sorriso sarcástico nunca deixando seu rosto. — Tá só esperando eles saírem da prisão pra correr atrás deles.

Charlotte sentiu o sangue subir.

— Você não tem ideia do que tá falando! — gritou ela, os olhos queimando de raiva. — Eu não tô correndo atrás de ninguém! Isso é entre a gente, Harry! Você e eu! Você traiu nosso casamento, mente pra mim, e ainda tem a coragem de falar que o problema sou eu?

𝐴 ℎ𝑎𝑝𝑝𝑦 𝑒𝑛𝑑𝑖𝑛𝑔?Onde histórias criam vida. Descubra agora