Dirty [Winrina]

- 09 -

Queria tanto você na minha cama agora...

-KY

Cada fibra infinitesimal do meu corpo estremeceu em antecipação gigantesca no milissegundo em que a mensagem exigente, mas sexy e desesperada de Karina foi registrada nas profundezas escuras da minha mente.

Aproximadamente sete dias, seis horas e trinta e dois segundos se passaram desde que nós duas concordamos mutuamente em manter distância uma da outra - e com mútuo, quero dizer, Karina não me queria perto dela de jeito nenhum enquanto passava pelo 'mar vermelho', se é que me entende, durante toda a semana e eu de bom grado concedi a ela esse direito.

Mas puta que me pariu - literalmente, foi uma experiência insuportável.

Não consigo nem me lembrar de quantas vezes quase arranquei meus próprios olhos com uma ponta de lápis afiada tentando conter meus desejos por aquela maldita garota.

E ela teve sua diversão sádica com tudo isso.

Essa safada, santa-do-pau-oco de uma figa praticamente fez da sua missão me deixar uma bagunça hormonal a cada segundo do dia sem seu toque. Eu sempre pegava os sorrisos maliciosos que ela tinha naquelas pétalas de rosa sedutoras que ela ousa chamar de lábios sempre que passava graciosamente por mim entre as aulas.

'Você quer nos provar, né?' eles provocavam silenciosamente. 'Você quer nos beijar, não é, Minjeong?'

Isso não foi nem uma fração da tortura que eu suportei.

O intervalo foi um pesadelo brutal.

Ficar sentada ali assistindo Karina se envolver de forma atraente em uma conversa animada com suas amigas idiotas, sabendo que não seríamos capazes de foder os miolos uma da outra depois, me deixou com um sentimento de fome...

Tão faminta quanto um leão deficiente enfiado dentro de uma gaiola cheia de gazelas apetitosas.

A frustração sexual...

Deus, quase doeu.

No entanto, a agonia provou valer a pena no final, já que ela agora estava sucumbindo ao desejo não desabafado que ela nutria por mim.

Estava louca por essa forma de submissão desde o começo.

Mas, é claro, eu tinha que brincar com ela primeiro.

Não seria eu se não fizesse isso.

Você deve estar realmente sentindo minha falta, né?

-KM

A resposta dela foi mais descarada do que eu esperava.

Eu não estava preparada.

Sim... sinto sua falta...

-KY

Ela foi tão descaradamente direta sobre isso, que quase me perguntei se não era ela que estava brincando comigo ao invés disso.

Essa teoria foi provada correta em seu próximo texto por meio da evidência de palavras simples.

...Sinto falta de cada parte de você.

-KY

Minha frequência cardíaca disparou involuntariamente em uma velocidade desconfortável enquanto eu relia repetidamente sua confissão inebriante, mais ou menos pelo fato de que eu não esperava que ela admitisse isso abertamente.

Seu desejo certamente estava presente.

Mas havia algo mais também...

E eu não conseguia me livrar do conflito cru que esse 'algo mais' fazia meu coração palpitante sentir...