♪¸¸.•*¨*•. AMOR TÃO PURO .•*¨*•.¸¸♪
JOHNNY DEPP É UM ATOR MUITO FAMOSO E TALENTOSO, conhecido por seus papéis icônicos em filmes de aventura.
Amélia Clark, por outro lado, era uma maquiadora artística renomada, que trabalhava nos sets de filmagem c...
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JOHNNY DEPP
O dia já estava na metade quando entrei no camarim, o cheiro de maquiagem e café misturando-se no ar.
Amélia estava lá, concentrada, arrumando seus pincéis, lápis e potes de tinta facial numa bancada cheia de luzes ao redor de um espelho grande. Eu, já com o figurino de Jack Sparrow chapéu torto, tranças no cabelo, e aquela quantidade absurda de bugigangas penduradas, sentei na cadeira na frente dela, dando um sorriso torto.
- Pronta pra transformar esse rosto cansado no maior pirata dos sete mares? - brinquei, ajustando o chapéu que insistia em escorregar.
Amélia levantou os olhos do estojo de maquiagem, um sorriso leve no rosto. Ela parecia melhor que de manhã, a palidez sumindo um pouco, mas eu ainda notava uma sombra de cansaço nos olhos dela.
Depois do susto com os vômitos, ela insistiu que estava bem o suficiente pra trabalhar, e aqui estávamos, no set, prestes a dar vida ao Capitão Jack Sparrow de novo.
- Cansado? Você tá mais pra exausto, Johnny - ela disse, pegando um pincel e se aproximando. - Fica quieto e deixa eu fazer minha mágica.
- Quietinho, prometo - respondi, levantando as mãos em rendição, mas o sorriso não saía do meu rosto.
Ela começou a trabalhar, passando uma base leve pra uniformizar minha pele. Seus dedos eram rápidos, precisos, como se ela conhecesse cada linha do meu rosto de cor.
E conhecia mesmo. Amélia já tinha feito minha maquiagem de Jack Sparrow tantas vezes que era quase um ritual entre nós.
Primeiro a base, depois o lápis preto pra escurecer ao redor dos olhos, dando aquele ar de quem passou anos bebendo rum.
- Como você tá se sentindo? - perguntei, mantendo a voz baixa enquanto ela traçava uma linha grossa de delineador. - Sério, Amélia. Não me vem com "tô bem" de novo.
Ela parou por um segundo, o pincel pairando no ar, e me lançou um olhar que era meio irritado, meio carinhoso.
- Johnny, eu já disse, foi só o jantar. Tô bem agora, juro - respondeu, voltando ao trabalho, mas com um tom que não me convenceu totalmente. - E você, hein? Ficou a noite toda pintando depois daquela ligação maluca do Javier?
- Quase... - admiti, rindo baixo. - Ele foge do hospital, e quando eu ligo... Ele ri como se fosse uma aventura, e eu fico sem dormir. Acho que ele tá bem, mas ainda quero falar com ele hoje.
- Javier é um furacão - ela disse, rindo enquanto pegava um potinho de sombra escura. - Fecha os olhos.
Obedeci, sentindo o pincel dela deslizar suavemente pelas pálpebras.