♪¸¸.•*¨*•. AMOR TÃO PURO .•*¨*•.¸¸♪
JOHNNY DEPP É UM ATOR MUITO FAMOSO E TALENTOSO, conhecido por seus papéis icônicos em filmes de aventura.
Amélia Clark, por outro lado, era uma maquiadora artística renomada, que trabalhava nos sets de filmagem c...
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AMÉLIA CLARKE
O barulho do set parecia um mundo distante, abafado pelas paredes do trailer onde eu estava sentada, olhando para o espelho pequeno na minha frente.
O estojo de maquiagem ainda estava aberto na bancada, com pincéis e potes espalhados, mas eu não conseguia tocar em nada. Minha cabeça estava presa em um único pensamento, um que me assustava tanto quanto me confundia. Minha mão tremia enquanto segurava o celular, o nome de Javier brilhando na tela.
Eu precisava dele.
Precisava de alguém que não fosse Johnny, alguém que pudesse me ouvir sem tentar resolver tudo antes que eu mesma entendesse o que estava sentindo.
Respirei fundo e apertei o botão de ligar. O toque soou uma, duas vezes, e por um instante achei que ele não ia atender. Mas então, a voz animada de Javier encheu a linha, como sempre.
- Amélia! Minha irmã! Tô te devendo uma por não ter pirado com minha fuga ontem. Como tá? - Ele soava tão leve que quase me fez sorrir, apesar de tudo.
- Javi, preciso que você venha aqui - falei, minha voz mais firme do que eu esperava. - Tô no trailer do set. É sério. Você tá por aí?
Houve uma pausa, e eu quase podia ver ele franzindo a testa, tentando entender o que estava acontecendo.
- Tô, sim. Tô com o Alex, mas dou um jeito. Tá tudo bem? Você tá com uma voz... estranha - ele disse, a animação dando lugar a uma preocupação que não era comum nele.
- Só vem, por favor. E não conta nada pro Johnny, tá? - pedi, olhando pro meu reflexo no espelho, como se ele pudesse me dar alguma resposta.
- Beleza, Amélia. Tô indo. Uns vinte minutos - ele respondeu, o tom agora sério, sem brincadeiras.
- Valeu, Javi - murmurei antes de desligar, deixando o celular na bancada com um suspiro.
Me encostei na cadeira, o trailer quieto exceto pelo zumbido do ar-condicionado. Minhas mãos foram pro colo, e eu as apertei com força, tentando segurar o nervoso que subia pelo peito.
Desde a manhã, quando vomitei até parecer que não tinha mais nada dentro de mim, uma ideia vinha crescendo na minha cabeça.
Não era só o pad thai. Não era só cansaço. Meu corpo estava diferente, e uma palavra assustadora não saía da minha mente.