♪¸¸.•*¨*•. AMOR TÃO PURO .•*¨*•.¸¸♪
JOHNNY DEPP É UM ATOR MUITO FAMOSO E TALENTOSO, conhecido por seus papéis icônicos em filmes de aventura.
Amélia Clark, por outro lado, era uma maquiadora artística renomada, que trabalhava nos sets de filmagem c...
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JULIA NIXEL
O céu tava começando a escurecer, com aquele tom roxo que parecia se misturar.
Eu saí do consultório da Dr.ª Cátia, minha psicóloga, sentindo o peito mais leve, mas ainda processando tudo o que tinha falado na sessão.
Tinha sido um dia intenso, contar sobre minha transição, sobre como me sentia finalmente eu mesma como Julia, mas também sobre os medos que ainda carregava. Ser uma mulher trans era libertador, mas às vezes o mundo lá fora me lembrava que nem todo mundo tava pronto pra me aceitar.
A Dr.ª Marina me ajudou a respirar fundo, a lembrar que minha verdade valia mais que qualquer olhar torto.
Eu caminhava pela rua, a bolsa no ombro, a blusa rosa brilhante balançando com o vento. Tava pensando no Alex, no jantar que a gente ia fazer mais tarde, e em como contar pra Amélia e Johnny que tava começando a pensar em mudar meu nome legalmente pra Julia.
Sorri sozinha, imaginando a Amélia me abraçando e o Johnny brincando que meu novo nome tinha que ser jujuba.
Mas então, ouvi passos atrás de mim, rápidos demais pra serem casuais.
Virei a cabeça de leve e vi dois caras vindo na minha direção, as mãos nos bolsos, os rostos com aquele tipo de sorriso que não era amigável.
Meu estômago gelou, mas tentei manter a calma, apertando o passo. A rua tava meio vazia, com só algumas lojas fechando e poucos carros passando.
- Ei, você! - um deles gritou, a voz grossa, cheia de deboche. - O que tá fazendo por aqui, hein?
Eu não respondi, mantendo os olhos pra frente, o coração batendo forte. "Só ignora, Julia. Chega na avenida, pega um táxi", pensei, mas eles aceleraram, cortando meu caminho.
Um era alto, com uma jaqueta surrada, e o outro, mais baixo, tinha uma tatuagem no pescoço e um olhar que me fez querer correr.
- Tô falando com você, aberração - o mais alto disse, parando na minha frente, tão perto que eu senti o cheiro de cigarro no hálito dele. - O que é você, hein?Homem ou mulher?
Eu congelei, o medo subindo pela garganta, mas algo em mim, talvez a mesma força que me fez enfrentar o mundo como Julia agora, se recusou a ceder.
Levantei o queixo, tentando manter a voz firme.
- Sou uma mulher. E não te devo explicação nenhuma - respondi, tentando passar por eles, mas o mais baixo agarrou meu braço, me puxando com força.
