"Senti uma respiração tocar de leve a ponta do meu nariz, e quando dei por mim, senti algo invadir minha boca. Só então fui perceber que eu estava beijando Bill."
No começo, eu fiquei paralisada. Sentia nossos lábios se chocarem, um leve atrito, e a mão dele, que antes segurava meus cabelos, desceu para meu pescoço. Foi um ato rápido, sem avisos precedentes. Meus olhos estavam arregalados, e eu via os dele selados serenamente. Foi então que eu lembrei: Nunca havia beijado um garoto antes.
Puxei meu corpo para trás no mesmo instante, fazendo com que Bill ficasse mais surpreso ainda. Ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas sua voz não saiu. Encarei-o assustada, e percebi o quão próximos estávamos então eu vi uma forte luz expandir-se pela sala.
- Ei pessoal, tem hambúrguer no... – Tom entrou feliz na sala. Parou estático, nos mirando. – Estou atrapalhando alguma coisa?
- Onde tem hambúrguer? – Levantei-me rápido. – Estou faminta.
- No banheiro... – Respondeu irônico. – É claro que é na cozinha, dã. Ou será que além de pequena você é burra também? – Revirei os olhos e ele saiu do meu campo de visão. – Não demorem, se não vai esfriar.
Bufei e fui caminhando até a porta, enquanto isso Bill permanecia imóvel, olhando para o nada. Quando cheguei à porta Tom apareceu de repente, me fazendo estremecer.
- Aaaah, já saquei. – Exclamou, com um sorriso sacana. – Há, bem que eu imaginei. - Falou, me olhando de cima.
- Imaginou? Imaginou o que? – Perguntei, tentando disfarçar meu nervosismo. Será que ele tinha visto alguma coisa? – Dá pra responder ou tá difícil? – Aquilo já estava me irritando.
- Eu imaginei que... você estava demorando por conta das suas perninhas curtas, coisa pequena. – Sorriu.
Uma mistura de raiva com alívio me invadiu, mas apenas murmurei um "idiota". Tom entrou na sala e o acompanhei com o olhar. Ao fazer isso percebi que Bill permanecia sentado, mas agora olhava as partituras.
- Bill? – Tom quebrou o silêncio. – Bill, você não vem? – Cutucou o irmão tirando-o de seus devaneios.
- Ah, claro. – Respondeu, abrindo um sorriso.
- Cara, o que você tem? – Tom parecia confuso. – Aquela anã fez alguma coisa com você? – Falou apontando pra mim, fazendo o irmão rir.
- Claro que não, Tom. Ela só estava me ajudando com a música.
- Eiii, vocês não vem? – Perguntei, cortando a conversa.
Fomos até a cozinha e, para a minha surpresa, Georg e Gustav estavam lá. O clima no jantar não foi tão tenso como eu achei que seria. Gustav conversava sobre música comigo, enquanto o Bill ria das piadas que o Georg fazia sobre o olho roxo do Tom.
Depois do jantar os garotos correram para a sala e eu fiquei para lavar a louça. Muy amigos, pensei. Minutos depois eu já havia acabado de limpar a bagunça, então finalmente pude me sentar e descansar um pouco. Apoiei os braços em cima da bancada, fechei os olhos e repousei minha cabeça ali. Por um instante lembrei do que havia me acontecido minutos atrás. Até que ouvi passos e percebi que havia mais alguém na cozinha, levantei a cabeça e vi que era o Bill. Ele sorriu ao me ver e caminhou em direção a geladeira, pegou uma jarra de suco e a colocou sobre a bancada.
- Oi. – Falei, abrindo um sorriso.
- Oi, Bi. - Sorriu. – E aí? Como você tá? – Estranhei a pergunta, mas não hesitei em respondê-la.
- Ahm, na verdade, eu ainda tô meio zonza com o que aconteceu. – Eu poderia apenas dizer que estava bem, mas não mentiria, não para ele. – É que eu... Eu nunca tinha beijado alguém. – Quando terminei de falar Bill arregalou os olhos e tentou falar alguma coisa, só que como da outra vez sua voz não saiu. - Olha Bill, você não precisa...
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Como (não) se apaixonar por Tom Kaulitz
Fanfiction"- O que é, pirralha? - Murmurou dando um estalo com a boca. - Tom! - O mais alto reclamou. - Deve ser ela. - Ela? - O que se dizia Tom surpreendeu-se. - Pensei que fosse mais bonita." "- Você é muito metida para alguém que acabou de chegar aqui...