Marcos

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Não sei se era o fato de minha cabeça estar a ponto de explodir, e ser pior que a bomba de Hiroshima, ou de eu estar dormindo na cama de Tom que me deixou no mínimo assustada. No mínimo. Eu levantei e percebi que estava com a camiseta dele, com mais um fato, eu estava sem sutiã e calcinha.

Levantei assustada, mas uma dor de cabeça me atingiu em cheio. Me desequilibrei e, por um ato de idiotice, caí no chão. Apenas senti uma mão arrebatar meu braço e me puxar para cima, dei de cara com um Tom de olheiras e risonho.

- Se divertiu muito, hein. – Ele sorriu.

- Me diz uma coisa – Falei assustando-me com minha voz extremamente rouca. Passei a mão pelos cabelos e fechei os olhos para ver se a dor passava. – A gente, por acaso...

- Não. – Ele interrompeu rindo. – Você não faz meu tipo, baixinha.

- Nem você, estúpido. – Larguei-me de seus braços e saí.

Entrei no quarto de Bill, e corri para o banheiro. Me olhei no espelho e constatei que minha cara está péssima. Tomei um banho e me vesti. Quando entrei no quarto, Bill estava apenas de calça em cima da cama escrevendo alguma coisa. Tentei sorrir antes de ele me olhar assustado e levantar-se num pulo, vindo em minha direção.

- Você está bem? – Perguntou me levanto até a cama.

- Hum, - Resmunguei antes de olhá-lo – acho que sim. Me lembre de nunca mais encostar um copo de bebida na boca.

- Uma bailarina bêbada. Essa é nova. – Ele murmurou – Desse jeito, a Dança Acadêmica de Londres não vai te aceitar.

Foi aquela frase. Aquela curta frase que me trouxe uma dor de cabeça intensa e me fez dar um grito tão alto, que Bill se assustou. Tom apareceu de supetão na porta igualmente assustado e, antes de falar qualquer coisa, eu corri escada abaixo em direção ao escritório.

- O que foi Bi? – Bill entrou no escritório assustado enquanto eu ligava o computador às pressas.

- Eu esqueci de dar a resposta ao pedido da diretora do coiso! – Disse apressada enquanto o computador iniciava.

- Coiso? – Tom riu enquanto mastigava algo.

- É, o bicho! – Eu rugi novamente entrando na caixa de e-mail.

- Ah, e isso explica tudo. – Tom riu novamente – Não é por menos que você é idiota.

- Dá um tempo, Don. – Disse ainda mais estressada.

- Don? – Tom caiu na gargalhada.

- Eu quis dizer Tom... Ah, você entendeu, seu estúpido. – Suspirei aliviada quando comecei a digitar alguma resposta.

- Esqueceu de responder à diretora da Academia de Dança? – Bill puxou uma cadeira e sentou-se ao meu lado.

- Sim. – Disse aliviada enviando a resposta.

- Nossa, - Tom riu. – para quem estava numa sala escura com Bill ontem, você está muito...

Não ouvi o restante da frase antes de me congelar por completo. A voz de Tom se ocultou quando ele saiu da sala e, provavelmente, foi para a cozinha. Eu lembrei de tudo e olhei para Bill, que mirava o chão.

- Você... – Eu comecei – cont...

- Não. – Ele falou arrogante, levantando-se e saindo da sala.

Por um segundo senti-me mal, mas seria melhor assim. Eu preferia não ter Bill como nada além de amigo e parente. Claro que o primeiro beijo ninguém esquece. Levantei-me e fui para a cozinha comer alguma coisa, qual não foi minha surpresa ao encontrar Tom jogado num banco bebendo o suco direto na caixa.

Como (não) se apaixonar por Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora