Na minha vida, só tive dois grandes arrependimentos. Um foi quando convenci meus pais a irem para minha apresentação de balé e ocorreu o acidente. E o outro foi quando eu acabei com toda e qualquer esperança de ficar junto do Tom.
– Biara, - Ouvi a voz de Georg e em seguida alguns toques na porta. – posso entrar?
Ele apareceu com uma bandeja nas mãos. Eu já havia recebido alta do hospital há dois dias e estava no quarto do Tom. O quarto do Bill estava passando por uma reforma, a qual não quis saber detalhes. Tom estava dormindo no sofá desde então, não falava comigo, nem olhava para mim. E o problema, é que não sei o que eu faço. Ele quer que eu desista de tudo para uma coisa que não tem garantia de que vai dar certo. Eu só quero ter um futuro. Só isso.
– Ei fofa. – Georg acariciou meus cabelos. Ele havia colocado a bandeja sobre o criado mudo e sentado ao meu lado na cama. O médico disse que se eu quisesse dançar teria que passar três dias em repouso. – Olha, eles só estão passando por um momento ruim. Tudo vai ficar bem.
– Eu espero. – Murmurei cabisbaixa. Deixei que uma lágrima caísse, mas foi totalmente sem querer.
– Ei, não quero ver você chorar. – Ele limpou a lágrima e levantou meu rosto. – Você decide seu futuro. Seus amigos tem que te apoiar, não importa o que aconteça. Ou então eles não são realmente seus amigos.
– É que eu... tô apaixonada por ele. – Murmurei. Parecia que eu tinha engasgado no meio da frase, porque era bem difícil falar aquilo. Meu orgulho foi pisado para isso sair.
– Isso já estava bem na cara. – Ele riu – Olha, o Tom... ele...
– Georg! – A voz grave invadiu o quarto. – O que pensa que está fazendo?
– Tom... – Georg murmurou assustado. – Eu só...
– Saia! – Apontou para fora do quarto. Quando Georg me lançou um último olhar de afeto e desapareceu pela porta, Tom a fechou.
– Você é uma imbecil, sabia?– Oh, fechou a porta para me xingar? Não dá para fazer isso de porta aberta, ou é falta de educação? – Resmunguei raivosa.
– Biara. – Tom murmurou. Caminhou alguns passos em direção a parede oposta, ficando de costas para mim. Então, repentinamente, virou-se inseguro. – Eu sou... louco por você.
Eu gelei. Parecia que um frio tremendo arrastou-se por toda minha espinha. Tom Aproximou-se e parou na beirada da cama. Ele parecia perturbado com as ideias e começou a tamborilar os dedos no colchão.
– Você o que? – Eu ri. Sabia que aquilo era uma piada. Talvez ele fizesse qualquer coisa para me fazer ficar. – Que coisa baixa, até mesmo para você!
– O... O que? – Ele sorriu, mas depois me olhou sério. – Acha que estou mentindo?
– Olha, eu sei que quer que eu fique, mas isso envolve meu futuro. Não posso abandonar tudo por um cara que me ignorou a maior parte do tempo, depois me irritou e agora vem dizer que é louco por mim. – Sentei-me na cama. – Vai que isso não dá certo? E se não ficarmos juntos muito tempo? De que tudo isso vai valer? Eu ter desistido do balé, você ter desistido de... Ah, espera. Você não vai desistir de nada. Só eu que saio perdendo.
– Biara, você é louca?
– Não Tom! Para de dizer que sou louca! – Me levantei e segui até a porta. – Eu tenho que... ir lá em baixo.
– Por que está fazendo isso? – Segurou no me braço me fazendo virar.
– Isso o que?
– Porque não quer ficar sozinha comigo?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Como (não) se apaixonar por Tom Kaulitz
Fanfiction"- O que é, pirralha? - Murmurou dando um estalo com a boca. - Tom! - O mais alto reclamou. - Deve ser ela. - Ela? - O que se dizia Tom surpreendeu-se. - Pensei que fosse mais bonita." "- Você é muito metida para alguém que acabou de chegar aqui...