Escolhas!

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– A Alice está? – Falei quando a mãe de Marcos abriu a porta.

– Sim. – A mãe deles me analisou com desprezo. – Pode esperar na sala.

– Obrigada. – Entrei e, antes de sentar, Alice apareceu por uma outra porta que eu não havia notado. – Alice!

– Oi Bi. – Sorriu – Vem cá. Quero te apresentar alguém!

– Alguém? Quem? – Murmurei me levantando.

– Biara, - Ela segurou minha mão. Entrou no quarto, fechou a porta e pegou algo que estava ao lado da cama. Quando me acostumei com a visão, encarei um gato. Um gatinho muito gordo e peludo. Um pelo branco e macio. – este é o Pantufa.

– Pan... Pantufa? – Eu ri segurando o gatinho que ela estava me entregando. – Ele é muito fofo.

– Ah, que é isso! – Sorriu animada. – Ele come a maior parte do tempo e está sempre contra minhas ideias.

– Claro... – Sorri colocando Pantufa no chão. Logo em seguida, ele arrumou-se ali mesmo e, ronronando, deitou-se no chão. – Mas o que quero falar Alice, é sobre a audição.

– Oh, aconteceu alguma coisa? – Ela sentou-se e arregalou os olhos curiosos para mim.

– Ahm, na verdade não... – Passei a mão nos cabelos, fechando os olhos por um minuto lembrando-me dos pedidos de Tom. – Eu queria saber se pode antecipar para amanhã. Amanhã pela manhã para que na segunda eu possa viajar para Londres.

– Já quer viajar para Londres? Que apressadinha. – Riu. – Mas você já está melhor do acidente?

– Sim. – Murmurei.

– Então vou chamar o Carriel. – Levantou-se e saiu do quarto. Não demorou muito e ela voltou com um cara muito lindo. Admito meu desespero para substituir Tom. – Biara, esse é Carriel.

– Oi. – Sorriu. Ele era bem mais alto que nós duas, os cabelos muito negros bagunçados, com alguns fios sobre os olhos, a pele branca e os olhos extremamente verdes. Parecia até um modelo. – Sou Carriel Heinz.

– Biara Schmidt. – Apertei a mão dele.

– Então, qual o problema? – Ele olhou para Alice desconcertado.

– Ela quer antecipar a audição para amanhã. – Alice jogou-se na cama e nos olhou. – Dá certo?

– Ah... – Ele disse desanimado. – Achei que ia passar mais tempo aqui.

– Bom, se ela fizer dupla com Marcos, porque não admitimos os dois? – Ela saltou da cama feliz. – Assim você poderá ficar com o Marcos!

– Ligarei para a diretora imediatamente. – Ele disse corando.

Ficar com Marcos? Então ele também era homossexual? Ah, meu Deus. Porque todo cara lindo tem que ser gay? Isso é algum carma? Alguma sina? E porque Marcos nem se deu ao trabalho de ir me visitar no hospital? Que droga! Sempre me apaixono pelo cara errado. Isso também inclui Tom.

– Então nos encontre aqui amanhã bem cedo, certo? – Alice sorriu.

Quando sai do quarto, acabei esbarrando num cara de cabelos azulados. Marcos me olhou com afeição e medo ao mesmo tempo. Ele tentou sorri e ainda abriu a boca para falar alguma coisa, mas nada saiu. Ele apenas me observou. Quando finalmente pensou em algo, eu já tinha saído de sua casa e batido a porta.

Fui para debaixo da árvore que uma vez me sentei com ele e, uma vez lá, comecei a pensar se era mesmo certo largar tudo isso e ir para Londres. Deixei que algumas lágrimas escapassem, antes de limpá-las bruscamente com a manga da minha camiseta.

Como (não) se apaixonar por Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora