Geeeeente me perdoem, já cheguei preparada pro apedrejamento pela demora. Antes de qualquer coisa: eu juro que tentei postar isso antes mas não pude por questões que não estavam no meu controle. No mais, eu vou dar o máximo para postar o outro logo dentro dos meus limites. Bom, hoje teremos romance, uma aparição interessante na fic e claro... algumas esquisitices. Pra alegria de muitos: quase não há trechos em itálico kkkkkkkkkkkkk perdoem qualquer erro e boa leitura meus amores.
Sehnsucht: um anseio profundo e intenso por algo indefinido e inalcançável, sugerindo uma busca constante por significado e completude na existência humana.
Não, eu não quero deixar ir
Eu só quero que você saiba
Que eu nunca quero deixar ir
Deixar ir
Era cedo, cedo demais para eu estar ali.
O corredor do prédio de História ainda estava vazio, ecoando o som dos vários pássaros que passavam voando e cantarolando. Encostei na coluna de pedra, cruzei os braços, e olhei para o relógio no meu pulso pela décima vez em menos de cinco minutos. Sete e trinta.
Claro que ela ainda não tinha chegado.
Me pergunto por que eu ainda me surpreendo. Jennie e horários são inimigos naturais. Já devia ter me acostumado com o fato de que ela nunca, mas nunca, aparece no horário certo para nada.
E eu? Eu poderia estar na cama, ainda aproveitando os últimos minutos de sono, mas não. Estou aqui, bancando a maior otária do país. Minnie com certeza vai rir de mim se meu plano genial falhar.
Por que eu tô aqui, toda arrumada e cheirosa às sete da manhã? Pois é, eu também queria saber. Eu devo estar sob o efeito de algum feitiço ou sei lá, porque só isso me deixaria disposta a esperar sozinha nesse corredor vazio enquanto o resto da humanidade ainda está tentando acordar.
E para variar, Jennie talvez esteja fazendo qualquer coisa, menos vir para cá. Seja se arrumando em ritmo de lesma, ou ainda justando aquele delineado idiota pela centésima vez.
Bufei e olhei mais uma vez para o relógio, como se de alguma forma o tempo tivesse começado a andar mais rápido nos últimos segundos. Nada.
E o pior é que por mais que eu me queixe — e estou me queixando muito, vamos combinar — ainda estou aqui.
— Fala sério... — já ia começar a resmungar sozinha quando vejo ela aparecer. A maior ridícula de todos os tempos.
Jennie surge no corredor como se estivesse desfilando numa passarela invisível, com aquela confiança despreocupada de quem nunca precisou se apressar para nada na vida. Ela estava linda, claro. A regata clara e de tecido levemente curta parecia que poderia revelar sua barriga a qualquer momento. O cabelo perfeitamente arrumado, os passos leves, quase flutuando pelo chão enquanto ela caminhava distraída com as pernas torneadas em mais um de seus inúmeros shorts, dessa vez verde militar.
Sai de vista ao passo que me escondia atrás da coluna do corredor. Respirei fundo, me preparei e, assim que ela passou sem nem me notar, aproveitei a oportunidade. Dei um passo para a frente e agarrei seu braço, puxando seu corpo contra o meu.
O que aconteceu com a Lisa que mijava nas calças só de pensar em falar com Jennie Kim? Bom, digamos que quando ela não sabia que eu existia era mais fácil sentir medo e ansiedade, mas agora que temos um pequeno histórico, me sinto cada vez mais confiante para fazer certas coisas. Como o que acabei de fazer.