CAPÍTULO XXII: Amor.
Signora tinha assuntos a tratar com Pantalone, mas assim que entra no escritório do Nono, ela se espanta.
— Bondosa Tsaritsa... Quando vi aquela publicação no jornal, pensei que fosse uma piada de mau gosto, mas não. — a Bela Dama se senta diante do banqueiro, seu olho solitário fixo na marca de mordida profunda irritada adornando o pescoço do homem — Deuses... Ele quase arrancou um pedaço do seu pescoço!
— Não exagere. — Pantalone ignora seus olhares, estando mais concentrado na papelada a sua frente - alguns deles pertenciam a Signora.
— Não é exagero. — ela faz as honras e serve a si mesma uma xícara de chá — Você é um homem tão bonito, Pantalone, poderia ter qualquer alfa, qualquer um a seus pés assim. — ela estala os dedos para dar ênfase — Por que ele?
Pantalone suspira, desviando a atenção dos documentos: — O coração quer o que quer, por que eu lutaria contra isso? — questiona — Nossa rainha não é a Deusa do Amor? Então o correto é seguir seus preceitos.
Signora bebe um pouco do chá, seu olhar ainda fixo sobre o outro: — Mas... Você não tem medo? — Dottore é um sujeito perigoso, todos sabem disso. Volátil, traiçoeiro e feroz como um chacal faminto. Qualquer um em sã consciência prefere manter distância de alguém como Il Dottore.
— Não. — Pantalone sorri — Eu não o temo. — mas pelo visto, o banqueiro não era uma dessas pessoas sãs.
— Você é louco.
— Não somos todos? — pontua com um riso comedido — Caso contrário, não estaríamos aqui. — e então volta a atenção para os documentos.
— Tem um ponto. — Signora suspira profundamente — Enfim, então teremos um banquete ou algo do tipo para comemorar essa maravilhosa união? — suas palavras escorrem sarcasmo, mas o sorriso em seus lábios vermelhos é bem humorado.
— Estou pensando a respeito, mas Dottore não gosta muito de festas.
— Ele odeia. — Signora se lembra de todos os bailes em que o Segundo foi obrigado a comparecer. Dottore sempre escolhe o canto mais isolado e permanece ali pelas próximas 3 horas, se recusando a interagir com as pessoas, apenas julgando tudo e todos como se o mundo inteiro o tivesse ofendido. A aura ao seu redor é tão negativa, que as pessoas instintivamente o evitam - é enervante.
— Sim. — ele bufa uma risadinha — Se fossemos fazer algo, seria uma comemoração simples e pequena. — o principal problema de Dottore em relação a festas, é a quantidade de pessoas. Se fizessem uma comemoração particular, talvez ele se sentisse mais confortável.
— Qualquer desculpa para beber um bom vinho, estou dentro. — Signora ergue a xícara em um brinde.
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Depois da reunião com Signora, Pantalone decidiu deixar o escritório um pouco mais cedo. Ele estava se sentindo exausto, seus olhos estavam começando a embaralhar os números, e a mordida estava latejando horrores. Antes de voltar para o Palácio, ele passou naquela pequena confeitaria que Dottore tanto gosta e comprou algumas guloseimas para seu marido e filhote.
De volta ao Palácio Zapolyarny, Pantalone fez uma longa descida até o porão - ele acredita que já passou da hora de alguém levar à Tsaritsa algumas ideias de melhorias para palácio, um elevadores seriam uma maravilha para seus joelhos - e quando não encontra Dottore em sua oficina particular, Phi o direciona até uma área onde nunca esteve antes.
Do outro lado de uma porta protegida por senha, está uma sala desconfortavelmente fria e com pouca iluminação. Há tanques de vidro verticais que borbulham com um líquido azulado estranho, e ali dentro, figuras familiares e ao mesmo tempo estranhas, se agitam como bebês em um útero, presos por tubos e fios à máquinas que monitoram seus sinais vitais.
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ZYDRATE GUN
Fiksi Penggemar[A/B/O Omegaverse | não convencional] Desde que se uniu aos Fatui, Pantalone nutre uma paixão secreta pelo mais infame dos Mensageiros: Il Dottore. Após anos observando o ômega a distância, finalmente uma preciosa oportunidade de aproximação surge.