31 - Ultimo mês

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Maraisa Henrique:

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Maraisa Henrique:

Estava quase dormindo, na minha cama, sonolenta, minhas pálpebras pesadas, quando escuto a porta do meu quarto se abrindo, não conseguia nem focar na pessoa o tanto que estava com sono.

— Achou que eu tinha me esquecido de você vagabunda?

Abro meus olhos completamente, piscando algumas vezes me certificando se aquilo era real. Mas eu estava com a Marília... como?

— Como entrou aqui? — Pergunto com a voz trêmula me sentando na cama, me arrastando até ficar grudada com as costas na cabeceira encolhendo os joelhos.

— A coisa mais fácil desse mundo é entrar nesse prédio, com aquele velho de porteiro.

Vejo o homem se aproximando, meus olhos se embaçam com as lágrimas que se formavam.

— Não chega perto de mim — Digo com a voz embargada.

Sinto as lágrimas já escorrendo pelo meu rosto.

— Está tão gostosinha com esse pijaminha.

— Para por favor.

— Você é uma garota de programa, só vai fazer o seu serviço, sua putinha de segunda.

Ele já estava bem próximo, então agarra meu cabelo com força.

— Por favor... — Suplico.

— Adoro um putinha assim, suplicando pra mim... delícia.

Ele apertava o meu cabelo me fazendo olhar para aquele rosto asqueroso.

— Ninguém vai te ajudar, você é apenas uma puta, nem seu querido pai te quis... aliás, eu conheço ele, falei pra ele que iria dar uma lição na filhinha dele. Sabe o que ele disse? — Ele esperou uma resposta minha. Mas eu não dei. — Responde puta.

Ele aperta mais o meu cabelo e sinto a outra mão dele ir para o meu pescoço, apertando com força.

— Não. Não sei — Respondo com muita dificuldade sentindo o ar sumindo, enquanto eu chorava muito.

— Que eu fizesse com você o que eu quisesse. — Ele me enforca, começo a sentir meu pulmão doer.

*

— Maraisa acorda... — Escuto a voz suplicante da Marília e abro meus olhos.

Me agarro nela, eu estava ofegando, com um pouco de falta de ar, tentando respirar. Sinto que estava chorando.

— Meu Deus, achei que não ia acordar. Calma linda. — Marília diz em tom preocupado. — Foi um pesadelo?

Eu apenas concordo com a cabeça que estava enfiada no peito dela. Ela fica ali comigo abraçada me fazendo carinho. Até eu ir me acalmando.

Acompanhante de luxo - Malila | G!pOnde histórias criam vida. Descubra agora