13 - Jantar

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Maraisa Henrique:

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Maraisa Henrique:

Assim que Marília estaciona o carro, saiu seguindo direto para o quarto, agradeço por não ver ninguém pela frente. Entre fechando a porta e tirando minha sandália e roupa, estava me sentindo sufocada.

Pego meu celular novamente dentro da bolsa vendo uma enxurrada de mensagens do Danilo, uma atrás da outra. Simplesmente entro no contato e bloqueio.

Não dava pra entender os homens, eles terminam, depois surtam? Tentam achar a mínima coisa pra nós fazer se sentir culpadas. Essa fase tinha passado. Eu não me sentia mal por ele, me sentia mal por pensar que talvez os meus pais realmente estariam decepcionados comigo onde quer que estivessem.

Eu não devia pensar nisso, mas era inevitável.

Pensava enquanto me aproximo de minha mala, que estava quase na entrada do closet da Marília, apenas de lingerie, nem lembrava mais o que eu ia procurar ali.

Vejo a tela do meu celular se acender me dando a visão da foto da minha família.

Que saudades do colo da minha mãe. Do seu afago.

Minha vida tinha virado de cabeça para baixo desde sua morte. Pelos meus irmão eu me mantinha forte quando eu queria apenas desabar. Ainda era recente, a ferida ainda estava aberta, mexer em uma ferida tão aberta, doía muito.

Pego a camiseta que eu estava mais cedo e visto. Sinto meu rosto molhado, eu não queria, mas eu estava chorando. Não queria que me vissem assim.

Eu não conseguia me controlar.

Limpava minhas lágrimas mas elas teimavam em cair.

Sinto dois braços me levantando de perto da minha mala e me puxando para um abraço.

Eu odiava me sentir frágil, mas eu precisava daquele abraço.

Pelo menos era na frente da Marília e não dos meus irmãos.

Marília me puxa para nós sentar na cama, ela tenta secar as minhas lágrimas que ainda insistiam em cair. Então novamente me puxa me abraçando, fazendo carinho no meu cabelo.

— Me conta o que aconteceu... — Pela terceira vez ela queria saber.

Não, eu não entraria nesse assunto com ela, daqui alguns dias nem iríamos nos ver mais. Eu não podia.

Eu não podia...

Afasto a cabeça que estava na curva de seu pescoço para olhá-la. Era surreal a intensidade, parece que nossos castanhos se conectavam.

Marília ainda estava com as mãos segurando nos meus braços, olho para onde estão rapidamente e volto a olhá-la.

— Obrigada... por ter me acalmado. — Digo

— Não vai mesmo me contar né?

Não é como se fosse a pior coisa do mundo que eu não pudesse contar pra ninguém, era só uma coisa íntima minha que eu não sabia se queria compartilhar, um dor que eu não ia contar pra alguém que em breve não fará mais parte da minha vida.

Acompanhante de luxo - Malila | G!pOnde histórias criam vida. Descubra agora