Capítulo 36

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Maraisa Henrique:

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Maraisa Henrique:

— Ela tá demorando demais acordar. Vai lá fazer ela acordar...

Escuto uma voz masculina. Começo a tossir muito.

Sinto um cheiro muito forte de mofo, tento abrir meus olhos devagar. O local era parcialmente iluminado, assim que consigo abrir meus olhos por completo, eles vão direto para meus pulsos que doíam, eles estavam presos com uma corrente que estava presa no chão. Ai eu me lembro de tudo que tinha acontecido, fazendo o desespero bater.

Olho ao redor vendo que eu estava sozinha em um cômodo sujo e mofado, a voz que eu havia escutado vinha do outro lado da porta, por isso era baixa.

O que queriam comigo? Dinheiro? Pedir resgate? Eu não tinha ninguém, aliás, tinha Marília. Marília, como eu queria estar com ela agora, e não aqui.

Eu estava perdida, completamente perdida.

Eu não sabia onde eu estava, não sabia se ainda estava em Miami. Não sabia quantas horas ou dias tinham me feito dormir, não sabia de nada. Olho pelo meu corpo vendo que ainda estava com a roupa que eu tinha saído.

O cheiro de mofo estava embrulhando o meu estômago.

Meu Deus, me ajuda...

Até que eu me lembro de uma coisa importante.

Minha bota.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, escuto a porta sendo aberta, logo me fazendo fixar os olhos na pessoa que estava fazendo isso comigo.

Não podia ser, ou podia. Ele era capaz disso, só não sabia o porque, ainda.

— Sentiu saudades linda?

— Você? Por que? — Pergunto, sentia minha boca seca.

— Não é meio óbvio?

Na verdade não era de jeito nenhum.

Antes que ele pudesse voltar a falar, uma outra pessoa entra do cômodo, o motorista que havia me apagado no carro, ele nem olha pra mim.

— Senhor Pereira, estão te esperando lá fora, o senhor sabe quem.

Ele assente para o homem e volta a me olhar.

— Agorinha volto para terminarmos a nossa conversa. — Ele da um sorriso cinico, debochado.

Eles saem fechando a porta.

Eu queria chorar, gritar, mas eu tinha coisas mais importantes para fazer no momento.

Mexo os pés me certificando que o celular da minha mãe que eu tinha colocado dentro da minha meia, dentro da bota, na hora que o homem estava jogando meu celular fora ainda estava lá, e estava. Mesmo com um pouco de dificuldade por ter as mãos presas eu consigo pegar o celular.

Acompanhante de luxo - Malila | G!pOnde histórias criam vida. Descubra agora