24 - Sentimento

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Marília Mendonça:

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Marília Mendonça:

Trago com força, logo soltando a fumaça do cigarro que eu fumava, pelo ar.

— Faz muito tempo que não te vejo fumar.

Me viro pra olhar a morena dos cabelos castanhos claros.

— Está pronta? — Pergunto.

— Estou sim chefe.

Trago novamente e solto a fumaça em seguida, logo apago o cigarro no cinzeiro que estava na mesinha na varanda e entro para o quarto, acompanhada da minha amiga.

— Então vamos... já está quase na hora de embarcarmos.

— Marília, tem certeza que não quer ir falar com ela antes?

Fecho mais ainda minha cara.

— Não quero mais falar sobre ela, se puder não tocar sobre qualquer coisa sobre ela, vou agradecer.

Escuto Bárbara suspirar.

Pego minha mala, Bárbara a dela e seguidor para sair do hotel e ir para o aeroporto.

Assim que fechamos a estadia, seguimos para o táxi que já estava nos esperando, então seguimos para o aeroporto.

O sol já estava dando as caras, nosso voo estava marcado para sair às 06:00, estava quase na hora.

Depois de alguns minutos eu e Bárbara embarcamos no jato.

Deito a cabeça na poltrona e deixo meus pensamentos tomarem conta da minha mente.

O sentimento é uma realidade e ambas sabemos que o sentimos, mas talvez faltou coragem para enfrentarmos tudo que nos tenta afastar.

Dói saber que uma possível história nunca poderá ir além de um sonho e magoa ver que estamos caminhando em direções opostas. Mas se não conseguimos ser superiores aos obstáculos que surgem, talvez o melhor seja esquecermos as possibilidades de ficarmos juntas, era isso que eu faria.

Eu tentei, eu quis tentar, eu Marília... ver Maraisa nos braços de outro foi o ponto que eu precisava.

Isso não é o fim pra mim, está doendo agora mais vai passar, eu só precisava de tempo, um tempo de tudo que me faça lembrar dela.

Em pensar que eu deixei ela entrar na minha vida tão fácil. Eu não entendo o porque de ela ter feito o que fez, não entendo que depois de tudo, de tudo que vivemos em pouco tempo, realmente era algo recente demais pra apostar tanto.

Talvez ela preferiu o Dominic por pensar que fosse mais rico, ele deu flores pra ela, coisa que eu nunca fiz. O que me faz agora pensar que será que eles já se conheciam?

Me sinto enganada, traída.

— Você não me deixou nem me despedir da Bruna. — Bárbara diz com tom irritada, me tirando dos meus pensamentos. — Nem tive tempo de pegar o número da garota, vou ter que entrar naquele site depois...

— Deve ser igual, todas ali devem ser iguais, só pensam em dinheiro e riqueza, com certeza Maraisa não conseguiria largar daquilo.

Com certeza ganha dinheiro fácil demais.

— Eu ainda acho que você devia ter ido conversar com ela antes de ter vindo embora...

— Conversar quando? Depois que ela tivesse saído do quarto daquele cara? Pior é que eu vou ter que continuar vendo a cara dele. — Passo as mãos pelos cabelos — Não sei como vou fazer, só de lembrar já me dá vontade de socar a cara dele.

Realmente eu precisava de um tempo de tudo, mas essa construção não podia esperar.

— Você é muito radical, talvez fosse só um beijinho de cliente.

Bárbara estava me irritando de uma forma.

— Não era nem pra ter deixado alguém entrar na minha vida, falei que não deixaria e fui uma burra, nunca mais eu deixo. Vou voltar apenas a fuder elas e é isso...

Vejo Bárbara rolar os olhos.

— Voltar a ser a insuportável de sempre né?

— Nunca larguei isso...

•••

Depois de horas dentro do jato, desembarcamos em Miami. Passaria em casa apenas para pegar algumas coisas e iria para o México, ficar um tempo com meus pais, resolveria tudo de lá, por enquanto.

Mando um funcionário avisar a Maiara, eu não queria ver nem ela, já que era a cara da mulher que tinha partido o meu coração.

Tinha que ir também em New York, Henrique tinha ido pra lá, eu sabia que meu irmão tinha feito alguma besteira. Henrique sempre busca resolver antes de me avisar. Só que se ele tinha ido pra lá, então alguma coisa era.

Entro em casa indo para meu quarto, largando a mala e seguindo para o meu escritório. Organizo algumas coisas junto de meu notebook e vou até a bancada de bebida, me servindo de uma dose caprichada se usque. Aperto o copo e levo até os lábios, virando todo o líquido de uma só vez.

Atiro o copo sobre a parede com força, tentando aliviar pelo menos 1% da raiva que eu estava sentindo, em vão.

Pego as minhas coisas e saiu dali.

Entro no meu quarto para tomar um banho rápido. Assim que saiu visto uma roupa casual, confortável e, novamente faço uma mala.

Logo estava novamente saindo de casa rumo ao aeroporto, chegaria de surpresa na casa de meus pais, talvez fosse até melhor eu ir para New York, ocupar a mente de trabalho e problemas para resolver.

Assim que chego no aeroporto já com a ideia fixa de mudar o destino; tivemos que esperar mais tempo que eu queria para poder fazer a mudança de rota. Mas agora eu iria para New York, melhor que enfrentar as diversas perguntas dos meus pais, estava sem cabeça pra isso.

Agora estava eu, dentro do meu jatinho novamente, fugindo, ou tentando fugir de um sentimento que tomava conta de mim. Eu sabia que não dava pra correr dele, mas sabia que uma hora ele deixaria de existir.

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Cap curtinho rs... bjinhooos ❤️

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