Jin-hee é uma dedicada cuidadora de idosos que encontra significado em ajudar os mais vulneráveis. Sua vida pacata toma um rumo inesperado quando ela se torna responsável pelo avô de Yoongi, um famoso rapper conhecido por sua música poderosa e sua p...
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A Breve estória de:
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Saio mais uma vez enxotada da casa de Yoongi.
Eu sempre passo e repasso em minha mente nossa vida juntos, as indicações que fiz em nome da sua educação e crescimento.
Noites sem dormir, antes de tê-lo, depois, e hoje ainda quando ele viaja e fica meses fora de casa, comendo qualquer coisa, dormindo de qualquer jeito. Uma das coisas que mais me peguei pensando é em como eu me sentiria se perdesse meu filho.
Desço com o elevador até a garagem, pego meu carro e dirijo de volta até Daegu.
Entro em casa e meu esposo está sentado em sua poltrona, como cotidiana e rotineiramente ele faz, folheando as páginas do jornal como se estivesse interessado em algo. Mas sei que não está, ele faz isso apenas para me evitar.
Meus filhos me evitam, meu marido me evita... há algo errado e não posso apenas julgarais externamente isso, sim, sempre fui controladora, manipuladora, sempre quis que tudo corresse do meu jeito, conforme meus desejos e vontades. E Jun-Seo o fez, por longos anos nesses nossos quase 40 anos de casados. Eu não suporto suas manias e defeitos, aprendi a conviver com elas, assim como ele o fez para seguir a risca os meus.
Dormimos separados há anos, não há mais troca de olhares, carícias, o amor esfriou muito antes dos nossos filhos saírem de casa, hoje Yoongi com 33 anos e Geum-jae com 36 me trazem a sensação de que nunca vivi para mim, meu marido, minha casa.
Desde criança sempre tive uma vida abastada, farta. Criados e empregados por todos os cantos da casa para servir a mim e a minha família. Minha irmã kyung- Mi sempre foi a irmã preferida, mesmo eu tirando as melhores notas, sendo a melhor em tudo, esportes, instrumentos, eu era a perfeição em pessoa. Me portava bem, sempre fui gentil e educada. Até que um dia, ela se superou em relação a mim, fez o que meu pai sonhava que ela fizesse, me sobrepusesse.
A única vez em que minha irmã foi melhor do que eu foi quando ela tocou pela primeira vez violoncelo numa orquestra. Eu tive vontade de matá-la, e mesmo que por dentro eu estivesse em chamas, eu a aplaudi de pé, suportei longos anos aquilo sendo o grande feito dela. Até que ela decidiu se casar e sair de casa. Mesmo eu sendo a mais velha, meu pai quebrou a tradição e a permitiu que se casasse primeiro, já que eu provavelmente ficaria pra titia.
