03. crossed destinies

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O carro deslizava pelas ruas molhadas, o som da chuva amortecendo o silêncio confortável entre nós

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O carro deslizava pelas ruas molhadas, o som da chuva amortecendo o silêncio confortável entre nós. O ar estava impregnado com a sensação de que algo novo estava prestes a começar, e eu não conseguia desviar os olhos de Diana, que dirigia com uma expressão tranquila.

— Então, onde você mora? — ela perguntou, lançando-me um breve olhar enquanto o limpador do para-brisa removia as gotas incessantes da chuva.

— No Residencial Solare — respondi, encolhendo os ombros, ainda envolta naquela sensação de vulnerabilidade.

Ela parou de repente, e uma expressão de surpresa iluminou seu rosto.

— Você está brincando, não é? — Seus olhos se arregalaram, um sorriso se formando no canto de seus lábios. — Eu também moro lá!

Nossos olhares se encontraram e, naquele instante, senti como se uma linha invisível estivesse se entrelaçando entre nós, unindo nossos destinos de uma forma impossível de ignorar. O choque rapidamente se transformou em um riso baixo e nervoso, uma mistura de surpresa e, talvez, um pouco de alívio.

O resto do caminho foi preenchido por uma conversa mais leve, enquanto eu tentava assimilar aquela coincidência estranha. Diana contou sobre como tinha se mudado há pouco tempo para o condomínio, buscando um lugar mais tranquilo após passar por um momento difícil. Senti que ela estava compartilhando um pedaço de si mesma, algo íntimo e escondido, e me peguei sendo grata por isso.

Assim que chegamos, ela me ajudou a sair do carro, com aquele mesmo toque firme e reconfortante. Estávamos novamente sob a chuva, mas agora isso parecia não importar. Nos encaramos por um momento, sem necessidade de palavras.

— Obrigada, Diana… de verdade — murmurei, sentindo um calor diferente dentro de mim.

Ela assentiu, com um sorriso que me tranquilizou.

— Se precisar de qualquer coisa, sabe onde me encontrar.

Nos despedimos, e cada uma foi para seu apartamento, mas o impacto desse encontro ficou comigo por dias, como se algo houvesse mudado.

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Uma semana depois..

A semana passou rapidamente, mas, cada vez que eu cruzava o portão do condomínio, olhava ao redor, esperando encontrar Diana. Em algum nível, sabia que aquela conexão inesperada não havia sido um acaso.

Naquela tarde de sábado, o céu estava limpo e a brisa vinda da praia trazia um alívio do calor. E foi exatamente quando saí para caminhar que vi Diana ao longe, vestida casualmente, os cabelos soltos dançando com o vento.

— Diana! — chamei, acenando enquanto me aproximava.

Ela se virou, surpresa ao me ver, e caminhou em minha direção, seu sorriso iluminando o rosto.

sweet destiny - diama.Onde histórias criam vida. Descubra agora