Aviso da Autora:
Este capítulo contém conteúdo sensível relacionado a temas de luto, saúde mental e perda. Recomendo cautela aos leitores que possam se sentir impactados por essas questões. A história aborda emoções intensas e complexas, refletindo a luta de um personagem em meio à dor e à recuperação. Espero que, ao explorar essas experiências, você encontre um espaço de reflexão e compreensão. Obrigada por ler!
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Depois de algumas horas, a crise de ansiedade de Iwazumi finalmente diminuiu, graças à ajuda de algumas pessoas que estavam presentes. Ele estava sentado em uma cadeira ao lado do corpo sem vida de Oikawa, debruçado sobre o caixão, sentindo o peso da dor e da perda se acumulando em seu coração. O ambiente ao redor parecia etéreo, como se o tempo houvesse parado, e ele se sentia como um espectador em sua própria vida, preso em um pesadelo do qual não conseguia acordar.
A cada pensamento que surgia sobre Oikawa, uma nova onda de tristeza o invadia, e lágrimas escorriam silenciosamente por seu rosto, marcando a pele cansada. Ele não conseguia dormir; o cansaço pesava em seu corpo, mas sua mente estava em um turbilhão, repleta de memórias que pareciam impossíveis de ignorar. Cada risada, cada palavra carinhosa, cada momento que passaram juntos agora se transformava em uma facada profunda, lembrando-o da impossibilidade de um futuro ao lado dele.
O inchaço em seus olhos era evidente, fruto das noites sem dormir e das horas passadas chorando. A dor de cabeça latejava, e seu corpo exausto denunciava a luta interna que ele travava. Ele tentava se lembrar da última vez que Oikawa sorriu para ele, a luz em seus olhos, mas cada lembrança era uma nova ferida.
— Eu ainda não consigo acreditar que você se foi, Oikawa — murmurou, a voz embargada e cheia de dor. Ele se permitiu fechar os olhos por um momento, tentando imaginar que tudo aquilo era apenas um sonho. Mas quando abriu os olhos novamente, a realidade era cruelmente imutável.
A sala estava envolta em um silêncio pesado, e o cheiro de flores exalava de arranjos que cercavam o caixão. As rosas, antes símbolo de amor e alegria, agora pareciam um lembrete da fragilidade da vida. Oikawa, com sua alegria contagiante e seu talento, não estava mais ali. Iwazumi se sentia dividido entre a necessidade de se despedir e o desejo de permanecer naquele momento, agarrando-se ao que restava de Oikawa.
Ele se lembrou de como Oikawa sempre lhe dizia que a vida era feita de momentos e que eles deveriam valorizar cada um deles. Mas como poderia valorizar um momento que não existiria mais? A dor se tornava mais insuportável a cada batida de seu coração, e a sensação de impotência o envolvia como um manto escuro.
Desesperado, ele segurou a mão fria de Oikawa, tentando aquecer aquele toque que agora era apenas uma memória. Ele queria gritar, queria que o mundo ao seu redor se despedaçasse, mas tudo o que ele conseguiu foi um sussurro doloroso:
— Por favor, volte.
As lágrimas continuaram a escorregar, e a tristeza era um peso que ele não sabia como carregar. No silêncio opressivo daquela sala, Iwazumi compreendeu que a dor da perda era tão real quanto o amor que ele sempre sentira por Oikawa. E, enquanto as horas se arrastavam, ele se viu preso em um ciclo de memórias e lágrimas, esperando que, de alguma forma, Oikawa ainda estivesse ali com ele, mesmo que apenas em espírito.
Após um tempo, os seguranças se aproximaram, cortando o silêncio pesado que envolvia Iwazumi. Eles comunicaram que era hora de fechar o caixão, mas a simples menção provocou uma onda de resistência dentro dele. Iwazumi não estava pronto para isso. Como poderia aceitar que Oikawa, seu melhor amigo, o amor de sua vida, estava prestes a ser selado em um caixão?
— Não! — gritou, sua voz ecoando pela sala. — Eu não posso deixar isso acontecer!
Ele lutou contra a ideia, as lágrimas escorrendo livremente por seu rosto. Os seguranças, compreensivos, tentaram acalmá-lo, mas Iwazumi estava em um estado de negação. Os minutos se arrastaram, e a tensão no ar aumentava, com o peso da despedida se tornando cada vez mais difícil de suportar. Finalmente, após quinze minutos de conversas tensas e apelos emocionais, Iwazumi percebeu que não tinha poder sobre aquela situação.
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Entre Risos e Ciúmes
FanfictionOikawa e Iwazumi foram amigos inseparáveis na infância, mas, como tantas histórias, a vida os levou por caminhos diferentes. Agora, anos depois, um reencontro inesperado os coloca frente a frente, trazendo de volta risos e ciúmes há muito tempo ador...