Me assusto com a voz dela,e me deparo com a situação
Katie esta segurando uma arma apontada pra Max,Max segura outra apontada para mim e isso vira um triângulo
- Solte ele - ela diz
- Katie,Katie você é tão ingênua...Eu não tenho medo de um tiro.Nunca tive.
Vejo ela tremer um pouco ao olhar para mim.
- Certo.
E os tiros começam,fazendo um barulho estrondante pelas paredes ,e eu amarrado na cadeira,apenas observando,sem ter como desviar.
Em um certo momento,eles param.
E vejo katie com o braco sangrando e iss me corta em pedacinhos aos poucos
- Eu estou bem -ela fala antes de eu pensar em fazer uma pergunta.
Ela me desamarra da cadeira e as marcas das cordas estão nos meus braços.
Ela tira outra arma da cintura,e apenas diz
- Acho melhor que você saiba atirar,Shawn.- Katie, você está louca? - pergunto com a voz trêmula
- Bem que eu gostaria de estar, mas se você quer viver, acho melhor que saiba atirar
Fico em silêncio.
- É só segurar assim - ela mexe com as mãos na arma que está na mão dela - e aperta o gatilho.
Ela me encara por alguns segundos
- Eu to falando sério.
Ela joga a arma pra mim e diz
- Nada de planos, apenas atire quando o vir.
Ela faz tudo parecer tão fácil.
Mas ela é uma agente do FBI, eu não.
Avisto Max entrar pela porta e logo Katie começa a atirar.
E sim, é muito estranho vê-la com uma arma.
E só de pensar que a culpa de estarmos nesse lugar hoje é minha, sinto um remorso enorme.
A culpa é nossa. Não vou dizer que foi apenas eu, porque o sentimento foi recíproco. Reciproco até demais. Mas eu deveria ter ficado quieto em Toronto, ao invés de roubar o carro da minha mãe e dirigir até Nova Iorque.
A observo remexendo nas armas, andando entre meio os entulhos do lugar. E incrivelmente, essa cara de preocupação a deixa mais linda.
Ok SHAWN, VOCÊ ESTÁ PRESTES A MORRER, PARE COM ESSE TIPO DE PENSAMENTO.
Ela volta depois de observar o lugar, e apenas diz:
- atire em tudo que se mover ,Daniel está aqui também. E caso... bem,acontecer algo comigo,ligue pro FBI. - ela joga uma espécie de comunicador para mim.
Saímos em direção à porta, e eu nunca segurei uma arma na minha vida.
- Depois disso, precisei conversar - eu falo.
- Eu sei - ela responde.
Um movimento é feito atrás de nós e quando me dou conta, a sala já virou um tiroteio e eu estou exatamente no meio dele.
-ATIRAAA - Katie grita e eu, bom acho que atiro em alguma coisa.
- O DANIEL CAIU, CORRE - ela grita novamente, enquanto nós dois saímos pela porta.
Saímos ofegantes, suados e com a certeza de apenas uma coisa: Max ainda está vivo, isso ainda não acabou.
A saída é silenciosa. Encaramo-nos por alguns instantes e ela me abraça.
- Que merda você pensa que estava fazendo Shaw?
- Recebi uma mensagem dizendo que você estava em perigo. Não que eu pudesse fazer alguma coisa, mas eu quis vir atrás de você.
- E roubou o carro da sua mãe?
- Como você sabe?
- Eu o achei hoje de manhã em uma rua abandonada, eles me doparam e te trouxeram aqui.
- E onde estamos?
- Nos limites da cidade de papel denominada Agloe, a população aqui é baixa. Ótimo lugar para matar dois jovens, não acha?
- É, na verdade agora eu não sei nem quem eu sou, Katie.
- Eu sei, sempre soube na verdade.
- POR QUE NÃO ME CONTOU?
- Sou do FBI, lamento. Mas isso não significa que você não tenha uma mãe que está preocupada com você nesse exato momento. Liga pra ela - ela me dá o celular.
E eu ligo, pensando que na melhor das hipóteses, minha mãe não colocou a policia atrás de mim.
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Aftertaste - Shawn Mendes
FanfictionUma missão do FBI Um garoto que sonha em ser cantor Nas ruas frias de Toronto, uma paixão nasce. Mas quando a verdade vem a tona, tudo é colocado contra a parede.