Suspeitas 44 // chaennie

capítulo 41

Atenção, alguns capítulos vão ter apenas o número sem o nome , por não ter um nome que combinasse perfeitamente, deixe seu voto para incentivo dessa autora 💫, beijos da ellie 💋💕

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A noite estava silenciosa, e a neve caía suavemente lá fora, acumulando-se na janela do quarto de Chaeyoung. Ela se revirava na cama, o sono escapando cada vez mais à medida que os pensamentos sobre Jennie invadiam sua mente. Era quase inquietante como aquela garota misteriosa tinha se tornado uma presença constante em sua vida – mesmo ausente, ela parecia estar ali, rondando cada pensamento de Chaeyoung.

“Será que ela vai aparecer de novo pela janela?”, pensou, olhando para a moldura quebrada , esperando talvez vislumbrar a sombra de Jennie no meio da neve. A primeira vez que Jennie surgiu, como um vulto no meio da noite, Chaeyoung sentiu o coração acelerar de medo. Afinal, era uma completa estranha, alguém que entrou em seu quarto como se fosse um bandido. Mas Jennie tinha sussurrado algo simples e ao mesmo tempo intrigante: queria apenas uma amiga, ok isso era realmente estanho

No início, Chaeyoung ficou desconfiada. Uma garota que entra pela janela no meio da noite, com um ar sombrio e reservado, não parecia exatamente alguém em busca de amizade. Mas com o tempo, ela se acostumou com a presença dela, e a visita noturna se tornara quase uma rotina – uma rotina que, apesar do receio, passara a ansiar.

Mesmo agora, enquanto tentava entender sua própria inquietação, Chaeyoung sentia a necessidade de confrontar algo que a perturbava desde o começo: “Será que Jennie é perigosa?” A pergunta parecia óbvia, mas a resposta era algo que Chaeyoung não queria encarar diretamente. Era como se houvesse uma sombra envolvendo tudo que Jennie fazia, algo que a fazia hesitar em perguntar diretamente. E a lembrança daquela noite no bar do avô voltou com força, a forma como Jennie reagiu quando Chaeyoung mencionou o cartaz de desaparecimento, o tom ríspido e evasivo.

O que ela escondia?

(...)

O domingo de tarde desanimado, refletindo o humor de Chaeyoung. Ela saiu da cama com os passos arrastados, notando a casa vazia e silenciosa. Sua mãe havia saído, provavelmente para resolver algum assunto, e o vazio deixava uma sensação de estranheza no ar. Sem muito o que fazer, Chaeyoung resolveu pegar seu casaco grosso e ir caminhar pela rua, quem sabe encontrar algum sentido para aquele dia desanimado.

Enquanto caminhava pelas calçadas cobertas de neve, Chaeyoung foi surpreendida por Taehyung, seu amigo que quase não via, ele apareceu quase do nada, como sempre, com seu típico olhar reservado. Ele parecia igualmente desanimado, mas ainda assim, surgiu com um sorriso de canto, mostrando que rosé é a pessoa mais desanimada do mundo já que até outra pessoa consegue sorrir mais que ela

— Que tal uma volta? Conheço um bairro diferente, que não é muito afastado.

Chaeyoung hesitou. Ela era muito desconfiada de tudo, ainda mais de Taehyung que ela quase não via, havia algo no olhar dele que a intrigava, mas também havia uma certa bondade e ela acabou concordando.

O caminho era estranho, quase deserto era o mesmo que ela entrou correndo de um cara uma vez, e à medida que eles afastavam do centro da cidade, a sensação de isolamento aumentava. As ruas ficavam mais estreitas, cercadas por casas antigas que pareciam abandonadas, com as janelas escuras e fachadas desgastadas pelo tempo. Era o tipo de lugar que normalmente ela evitaria, mas a curiosidade a mantinha ao lado de Taehyung, no dia que ela entrou ali correndo ela não tinha reparado o quanto aquele bairro era estranho e quase sem saída

De repente, uma figura feminina apareceu na esquina, envolta em um casaco escuro que cobria quase todo o seu corpo, um sobretudo bonito, a moça tinha uma franjinha bem cortada e os olhos atentos. Ela tinha o cabelo castanho escuro e um sorriso fácil, mas seu olhar parecia guardar algo que Chaeyoung não conseguia decifrar. Taehyung se aproximou dela e trocou um cumprimento discreto.