O sol despontava no horizonte, lançando uma luz dourada sobre a cidade que ainda estava despertando. Jungkook e Taehyung estavam em silêncio, os dois ainda absorvendo a intensidade da noite anterior. O armazém e a figura de Seon ainda pairavam na mente de Jungkook, enquanto Taehyung tentava lidar com a avalanche de emoções que surgia após sua libertação.
Jungkook dirigia lentamente, sua mão apertando o volante. O caminho para a casa de Taehyung parecia mais longo do que o normal, talvez porque sua mente estivesse repleta de pensamentos sobre tudo o que havia acontecido. Ele olhou para o lado, onde Taehyung estava sentado no banco do passageiro, a expressão distante. O garoto estava em choque, e Jungkook sabia que a última coisa que ele precisava era de pressa.
— Tae... — Jungkook começou, mas a voz não saía tão firme quanto ele queria. Ele respirou fundo. — Como você está se sentindo?
Taehyung virou o rosto, seus olhos buscando os de Jungkook. Ele forçou um sorriso que não chegava aos olhos, um gesto que Jungkook conhecia bem. Era uma máscara que Taehyung frequentemente usava quando tentava esconder sua dor.
— Eu... não sei. — Taehyung respondeu, sua voz falhando um pouco. — É estranho. Sinto como se ainda estivesse lá, preso... como se não pudesse acreditar que tudo acabou.
Jungkook estendeu a mão e a colocou sobre a de Taehyung, um gesto simples que fez o coração do garoto acelerar. Taehyung olhou para suas mãos entrelaçadas, um pequeno sorriso surgindo em seus lábios.
— Estou aqui, Tae. Você não está sozinho.
Eles finalmente chegaram à casa de Taehyung. O pai de Taehyung estava em pé na porta, seu rosto uma mistura de alívio e preocupação. Ao ver o filho, seu olhar se encheu de lágrimas.
— Taehyung! — Ele correu em direção a ele, abraçando-o com força. — Oh, meu Deus, meu filho!
Taehyung foi tomado pela emoção. A sensação de segurança nos braços de seu pai trouxe à tona toda a angústia que ele havia tentado reprimir. Ele a abraçou de volta, as lágrimas escorrendo por seu rosto.
— Eu estou bem, pai. Estou aqui.
Enquanto a cena se desenrolava, Jungkook permaneceu um pouco afastado, observando a interação entre pai e filho. O coração dele doía ao ver Taehyung tão vulnerável, mas ao mesmo tempo havia um alívio. Ele sabia que Taehyung precisava de sua família neste momento.
Após alguns minutos, o pai de Taehyung se afastou e olhou para Jungkook, que ainda estava à porta.
— Jungkook, obrigado por trazer meu filho de volta. — Ele disse, os olhos ainda cheios de lágrimas.
Jungkook forçou um sorriso. — Eu só fiz o que era certo.
Taehyung, ainda com o olhar perdido, comentou: — Pai, eu... eu acho que vou ficar aqui por um tempo. Preciso de espaço.
O coração de Jungkook apertou com aquelas palavras. Ele queria que Taehyung estivesse com ele, mas sabia que precisava respeitar os sentimentos do amigo. Ele respirou fundo, tentando manter a calma.
— Taehyung... — Jungkook começou, mas foi interrompido.
— Você também pode ficar aqui, Jungkook. — Taehyung olhou para ele, seu olhar esperançoso. — Não quero que você se sinta excluído.
O pai de Taehyung franziu a testa, percebendo a tensão. — O que você quer dizer, querido?
— Eu... — Taehyung hesitou, buscando as palavras. — Jungkook foi quem me salvou. Ele estava lá por mim. Eu não quero ficar sozinho, e ele me faz sentir seguro.
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𝖘𝖔𝖚𝖑𝖒𝖆𝖙𝖊_ Taekook
Ficción históricaTaehyung sempre foi muito inocente quando se tratava das pessoas que ele amava, e isso não diferiu quando o ômega conheceu um alfa na universidade mais prestigiada da Coreia do Sul. Após o término duro que os dois tiveram, Kim ficou sem lugar par...